Trevor Jackson & Gavin Russom

Dia 16 de Novembro no Lux.

No próximo dia 16 de Novembro o Lux é o palco escolhido para a apresentação de dois nomes de duas das editoras incontornáveis da música de dança dos últimos anos. A Output, de Trevor Jackson, que o próprio vem apresentar a Lisboa, e a DFA comandada por James Murphy (LCD Soundsystem) e provavelmente a editora mais revolucionária deste novo milénio, representada por Gavin Russom.

Trevor Jackson não é um novato por terras lusas. Ainda há bem pouco tempo participou na abertura do Pitch, um novo espaço que veio reavivar a baixa portuense, e por lá deixou a sua marca. Apesar de ser já conhecido pelos portugueses, nunca é demais relembrar as memórias dos mais esquecidos de que se trata de uma das mais importantes figuras da música de dança actual no sentido da revolução e, principalmente, da evolução que conseguiu criar nas pistas de dança, mostrando novas formas de agitar o corpo e alma com o lançamento e aposta de artistas como The Rapture, LCD Soundsystem, Four Tet e Black Strobe, já para não falar da sua vertente de produtor com o pseudónimo de Underdog, tendo já colaborado com os U2, os Massive Attack e os Unkle, entre outros, produzindo igualmente o primeiro álbum dos Brotherhood, “Elementalz”, em 1995.

Em 2002 este imparável londrino lança – sob o pseudónimo Playgroup – um mix-CD na conceituada série DJ Kicks, da editora alemã K7, e dois anos mais tarde edita “Reproductions”, um álbum de remixes no qual se podem encontrar releituras suas para bandas como os Yello, Franz Ferdinand, Ladytron, The Rapture, entre outros.

Passeando-se entre as sonoridades disco, funk, hip-hop, dub, new wave e a música electrónica, Jackson tem trabalho recentemente com artistas tão distintos como o veterano reggae Shinehead, Rowetta (Happy Mondays) ou Kathleen Hannna (Le Tigre, Bikini Kill).

Gavim Russom faz a sua estreia na discoteca de Santa Apolónia, depois de ter actuado no showcase da DFA o ano passado no festival Sudoeste juntamente com Delia Gonzalez.

A música criada por Gavin em conjunto com Delia Gonzalez no seu álbum de estreia, “Days of Mars”, lançado pela DFA o ano passado, tem como base sintetizadores analógicos e invoca a música electrónica criada nos anos setenta, tendo por inspiração pioneiros como Terry Riley, Klaus Shültze e mesmo Vangelis.

Composto por apenas quatro faixas, a audição do álbum possibilita-nos deambular por caminhos introspectivos, embalados pelos sintetizadores com subidas progressivas sem entrar em grandes loucuras. Especial referência à música «Rise», um autêntico épico do século XXI, ondas melódicas que nos levam a estados de hipnose, uma faixa para ouvir antes de adormecer com a certeza de paz interior. Não obstante de «Rise» ser a “obra-prima”, “Days of Mars” é um álbum para ouvir do princípio ao fim com se um filme dramático fosse relatado. Para ouvir sozinho, de luz apagada e sem qualquer outro estímulo exterior, numa perspectiva egoísta de não querer partilhar o estado de “transe” que a música nos possibilita alcançar…

Para além deste longa-duração, editaram também sobre o nome de Delia Gonzalez o EP “el Monte” em 2003 e, ainda este ano, o EP “Revelee”, faixa incluída em “Days of Mars” a ter direito a remixes de James Murphy, Carl Craig e Baby Ford. Outro projecto associado a este dois artista são os Black Leotard Front, com o EP “Casual Friday” editado o ano passada pela DFA. Como sempre, contam com a “ajuda” de James Murphy, Christian Holstad e Daniel Schmidt na composição e performance da “malha”.

É grande a expectativa criada na actuação a solo deste artista. Será que conseguirá ser tão perfeito e melódico nos pratos como o é nos sintetizadores?

Todas esta respostas vão ser dadas dia 16, onde a dúvida não será ir ou não, mas sim, em qual das pistas parar…



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