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Um terço de 2018 já lá vai

Um terço de 2018 já lá vai e já nos deu a conhecer alguns álbuns bem interessantes e merecedores da nossa atenção. Fiquem com as escolhas de alguns dos habituais colaboradores da Rua de Baixo e aproveitem para subscrever a playlist do Spotify que podem encontrar no final!

Miguel Barba

Medeiros / Lucas | “Sol de Março” – É o álbum que encerra a trilogia que teve início com “Mar Aberto” e continuidade em “Terra do Corpo”. É uma nova faceta de Medeiros / Lucas que se reflecte num magnífico novo conjunto de canções para descobrir.

Tipo | “Novos Oficíos” – Tenho receio que seja daqueles álbuns que acabe por passar despercebido a demasiadas pessoas. Um dos mais bonitos conjuntos de canções escritas em português de 2018.

Soccer Mommy | “Clean” – O nome engana e as canções também. Custa a acreditar que Sophie Allison, a voz por de trás de tudo isto tem apenas 20 anos. Bedroom-rock um nível acima. Uma das surpresas de 2018, num ano que até ao momento tem ficado um pouco aquém, quando comparado com outros anos.

Lucy Dacus | “Historian” – O segundo álbum de Lucy Dacus é quase arrancado a ferros por ela própria, lutando consigo própria e procurando aceitar a fama e o reconhecimento que a estreia lhe trouxe. O resultado, esse é magnífico. Não há uma canção fraca neste álbum.

Breeders | “All Nerve” – Confesso que estes regressos me assustam mas depois de escutar “All Nerve” apenas posso dizer que os Breeders soam a uns anos 90 mas frescos e actuais.

Tiago Cecílio

The Legendary Tigerman | “Misfit” – A caminhada no deserto do rock and Roll português pelo homem tigre.

Black Rebel Motorcycle Club | “Wrong Creatures” – A receita ideal de rock sujo e selvagem.

MGMT | “Little Dark Age” – A bandeira perfeita dos anos 80.

Ty Segall | “Freedom’s Goblin” – Rock psicadélico no seu estado puro.

Pete Astor | “One For The Ghost” – Ideal para um dia chuvoso de Primavera.

Tiago Covas

No Age | “Snares Like a Haircut” – Não há muitas coisas que sejam mais honestas do que soar punk e choninhas ao mesmo tempo, especialmente quando é feito por apenas duas pessoas.

The Breeders | “All Nerve” – Podia-se descrever como Kim Deal a mostrar a Black Francis como se faz um álbum de regresso como deve ser mas All Nerve é bem mais que isso. Um reviver dos 90’s fora de festas escondidas e com malhas fresquinhas do presente.

Car Seat Headrest | “Twin Fantasy” – Ter o álbum feito no quarto produzido por uma editora grande como a Matador Records é um sonho de provavelmente quase todos os músicos que se lançam no Bandcamp. Quando Will Toledo fez o upload de Twin Fantasy para a plataforma, em 2011, tornou-se imediatamente bem aclamado no Reddit ou 4chan, por isso já se sabia que mais tarde ou mais cedo iria lá voltar.

Linda Martini | “Linda Martini” – Finalmente termos revelado a cara de Linda Martini é, além de reposta a uma pergunta com os mesmos anos que a idade da banda, uma forma de mostrar que os lisboetas sabem bem das origens. As mesmas guitarras a dançar entre o hardcore e o punk que os fez começar a tocar juntos com um maior cálculo nas canções que resultou em mais espaço para as palavras do vocalista André Henriques.

Camp Cope | “How To Socialize and Make Friends” – O segundo disco do trio australiano traz o som cru de uma geração zangada, revoltada e que não come e cala, organizando movimentos como o #meToo, ganhando voz nos gritos inconformados de Georgia Maq e vida na sua guitarra ríspida e no baixo e bateria das suas amigas que a ajudam a criar o pano de fundo para as suas histórias.

Pedro Marques

Linda Martini | “Linda Martini” – Se ainda existiam dúvidas que os Linda Martini são uma das melhores bandas de rock nacionais, este novo registo homónimo e a sua recepção pelo público esclareceram os menos crentes. A sonoridade que os viu nascer mas com a maturidade que só mesmo a experiência é capaz de oferecer. O melhor disco da banda e um dos discos que certamente vai fazer parte das listas dos melhores de 2018.

Screaming Females | “All at Once” – Sétimo disco da banda de New Jersey e uma das melhores surpresas internacionais deste inicio de ano. Os entendidos usam chavões como “modern rock” ou “pop-punk” para caracterizar o som da banda. Ouvi algumas vezes, gostei muito e aqui fica o registo para a posteridade.

X-Wife |
“X-Wife” – Não é o melhor disco da banda mas é um regresso que tem que ser mencionado e que vem provar a capacidade da banda em fazer grandes canções eletro-pop.

First Aid Kit | “Ruins” – O regresso das manas suecas Klara e Johanna Söderberg (que ficaram famosas com a cover de “Tiger Mountain Peasant Song” dos Fleet Foxes) com o seu folk melódico e sempre confortante que acompanhou algumas tardes chuvosas deste inverno.

Vance Joy | “Nation of Two” – Depois do êxito radiofónico de “Riptide” o australiano regressa com um registo que segue a mesma linha dos seus anteriores trabalhos mas que não deixa de merecer uma palavra de conforto.

E as vossas escolhas? Partilhem-nas nos comentários!



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