Vilar de Mouro cresce e traz Limp Bizkit de volta a Portugal
Festival ganha um dia extra, em 2023, mas continua mergulhado no saudosismo do virar do século.
O Festival de Vilar de Mouros regressa a Caminha a 23 de agosto. Durante quatro dias, o certame promete agradar aos mais saudosistas do virar do milénio, com um cartaz que inclui nomes como Limp Bizkit, Prodigy, Pendulum, Guano Apes, Peaches, Apocalyptica, Enter Shikari, Within Temptation, Ornatos Violeta ou James.
O mítico festival do Alto Minho tem algumas novidades este ano, sendo a maior a duração: ganhou um dia extra. A prata da casa vai subir a palco, com os Micromaníacos, uma banda caminhense, a fazer parte do alinhamento.
O grupo vai abrir as hostilidades no primeiro dia, que é marcado pelo aguardado regresso a Portugal dos Limp Bizkit. A banda vinha atuar a Caminha o ano passado, mas acabou por cancelar a sua digressão europeia. Promete colmatar essa falha este ano.
Os reis do nu-metal não fecham, no entanto, o dia 23: depois de Fred Durst, Tim e companhia vão tratar da animação. Os Xutos podem ser habitués nestas andanças, mas prometem um concerto memorável, ou não fossem, tecnicamente, cabeça de cartaz. Antes dos portugueses e dos norte-americanos, espaço para Enter Shikari, outra banda que se tornou famosa há uns bons 20 anos com o seu electronicore.
Quem preferir a sua música com uma dose de política não vai querer perder The Last Internationale, que também dispensam grandes apresentações.
Segundo dia, segunda dose de saudosismo, desta feita impelido pelos líderes Prodigy, presença mais do que habitual por palcos lusos desde os anos 90. Para além dos britânicos, também haverá DJ set de The Bloody Beetroots a fechar, punk rock à moda da Suécia pela mão dos Millencolin e o rock alternativo dos Nowhere To Be Found.
No terceiro dia, seguimos o musical de virar do milénio, mas com uma vertente mais gótica, ou não estivessem nomes como Within Temptation e Apocalyptica no cartaz. Para além dos dois nomes fortíssimos do rock e metal mais sinfónicos, também haverá Bizarra Locomotiva a trazer uma mensagem politizada novamente ao festival e, para fechar, o rock eletrónico dos australianos Pendulum.
A despedida faz-se ao som dos maaaais do que conhecidos do público português James, banda britânica vítima de um enorme sucesso por palcos lusos há quarenta anos. Os James, apesar disso, não vão encerrar o festival. Esse privilégio foi concedido a outra banda no capítulo das bandas de culto com concertos icónicos: Ornatos Violeta, que só precisam de ser apresentados a quem esteve a viver debaixo de uma rocha nas últimas três décadas e nunca ouviu (boa) música nacional. O concerto promete ser emotivo e uma homenagem, mais uma, ao teclista Elísio Donas. Absolutamente a não perder, como sempre, mesmo que o horário possa não agradar (começa as 00h45).
Antes, no entanto, espaço para duas das vocalistas mais poderosas do rock mundial: a festa começa ao som de Peaches, que vai obrigar muita gente a entrar no recinto bem cedo no último dia (e há-de arranjar novas maneiras de nos chocar a todos, felizmente); e, depois, continua com Guano Apes, que também já são quase mais portugueses que alemães.
Quem quiser também pode aproveitar para tirar umas férias mais alternativas naquele que é o festival mais antigo da Península Ibérica. O campismo está incluído no bilhete e pode acontecer de 20 a 27 de agosto para quem tiver pulseira de acesso geral. Quem só for um dia pode aceder ao camping até às 14h do dia seguinte e a organização promete chuveiros de água quente. Para comer há 17 food trucks e, pasme-se, uma loja do Lidl.
Um passe de três dias custa 120 euros, três dias 90 (não inclui o primeiro) e quem preferir ir só um dia terá de desembolsar 45 euros.
O Palco Histórico, na Zona Franca, continua de livre acesso para quem não tem bilhete e, promete a organização, também terá concertos e DJs.
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