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CA Vilar de Mouros 2023 | Dia 2 (24.08.2023)

Pegar fogo às memórias

Recuperados da primeira noite com Limp Bizkit? Nós também não. Mas isso não impediu ninguém de receber condignamente os The Prodigy, naquele que foi o primeiro concerto da banda em Portugal sem Keith Flint.

Há reencontros com sabor agridoce. Assistimos a um deles esta quinta-feira, com o regresso a palcos tugas dos The Prodigy, agora órfãos do icónico vocalista Keith Flint. Os eternos “firestarters” continuam o melhor que podem, com Maxim Reality a assumir as vezes de frontman de forma, até, bastante competente.

Mas já lá vamos. Antes, Nowhere To Be Found tiveram a ingrata tarefa de acolher os primeiros festivaleiros no recinto, ainda na “ressaca” do explosivo concerto de Limp Bizkit na noite anterior e, vamos ser sinceros, muito mais entusiasmados para ver o que se seguiria. Não, não estamos a falar dos punk-rockers Millencolin, que acabaram por sofrer o mesmo destino. A noite era de The Prodigy e não havia forma de o esconder.

Chegada a hora mais esperada, milhares alinharam-se em frente ao palco principal prontos para celebrar a vida e os The Prodigy tentaram corresponder às (altas) expectativas. Tarefa hercúlea quando se perde o membro mais icónico de uma banda que tanto disso vivia… Mas os membros sobreviventes assim tentaram e o público anuiu – inicialmente em jeito de homenagem mas, depois, por pura conquista de Maxim Reality, que orquestra a multidão com engenho.

Os “culpados”, esses, foram os mesmos: «Firestarter», «Omen», «Out of Space» ou «Breath»» foram naturais destaques de uma noite de luta e magia que esteve para não acontecer: a banda teve de cancelar alguns concertos europeus e esteve em dúvida, mas prometeu regressar ao país onde tinham sido felizes em 2018 (North Music Festival) – e até encontraram Márcio no Aeroporto também, como os Limp Bizkit.

Falemos mais demoradamente sobre a primeira canção mencionada: é, agora, usada pela banda para relembrar Flint, que aparece em silhueta desenhada a lasers verdes, que acompanham uma versão meio que instrumental que obriga todos os presentes a cantar a plenos pulmões. É, sem dúvida, um dos momentos altos de uma noite feita de energia explosiva, headbangs e mosh pits que mais parecem uma forma de extravasar a saudade.

Não chegou? Não há problema: os Prodigy voltam já esta semana a Portugal para atuar no MEO Kalorama.

Os italianos Bloody Beetroots foram os últimos a atuar, em formato DJ Set, mas muitos festivaleiros aproveitaram a oportunidade para ir para casa ou para a tenda. Afinal de contas, ainda há dois dias de festa pela frente e o line-up promete: Bizarra Locomotiva, Apocalyptica, Within Temptation, Pendulum, Peaches, Guano Apes, James e, a fechar, Ornatos Violeta.

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Leiam aqui a reportagem do primeiro, terceiro e quarto dia de festival.



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