We The Kings @ Santiago Alquimista (12. 02. 2013)

We The Kings @ Santiago Alquimista (12. 02. 2013)

Lisboa, última paragem da digressão europeia

Os We The Kings apresentaram-se esta terça-feira de Carnaval no Santiago Alquimista para o último concerto da sua digressão europeia que serviu para apresentar o seu mais recente álbum: “Sunshine State of Mind”.

A primeira parte do concerto esteve a cargo dos portugueses Date Seven, um conjunto de pop punk que está agora a dar os primeiros passos. O Santiago Aalquimista não estava cheio, bem longe disso, mas o pouco público presente fez a festa e cantou os principais êxitos dos Date Seven com convicção. A banda portuguesa tocou os singles «Rookie» e «Riot» e não desiludiu os fãs, pese embora a prestação do vocalista tenha deixado um pouco a desejar.

Pelas 22 horas foi servido o prato principal, “somos We The Kings”, apresentaram-se eles pela voz do vocalista de cabelo inconfundível, Travis. Em termos de público o cenário manteve-se, pouco mas bom; os fãs, maioritariamente adolescentes e do sexo feminino, acotovelavam-se junto ao palco.

A banda da Florida arrancou com «She takes me high» e «Skyway Avenue» e ultrapassados uns quantos problemas técnicos, mostrando que estava comprometida em não desiludir os fãs.

Travis Clark interagia com o público, que respondia positivamente. Os guitarritas Hunter Thomsen e Coley O’Toole patenteavam o seu registo enérgico; o baixista Charles Trippy tocava junto aos fãs, só o baterista Danny Duncan se mantinha mais discreto.

O público estava conquistado com este power pop/rock com ecos de Green Day e Sum 41, mas os We The King não trouxeram nada de novo: apenas pegaram na receita aprimorada por Blink 182 e seguiram-na fielmente, embora com letras mais fracas, algo ingénuas, de amor liceal não correspondido, com muita angústia juvenil à mistura.

Travis dizia “you´re so fucking amazing” e a banda continuava a desfiar os seus principais êxitos como «Friday is forever» e «We’ll be a dream», esta um hino da geração Disney Music.

Pelo meio Travis aventurou-se numa canção em Português, «Bia», com ecos de bossa nova; houve lugar para duas versões interessantes: uma do clássico de Marvin Gaye, «Let’s get it on», a outra foram-na buscar ao baú, um «The Middle» dos Jimmy Eat World.

Lá  mais para o final, os We The Kings tocaram o seu grande êxito «Say you’ll like me», com Travis, num gesto pouco habitual, a pedir a invasão do público; um pedido insólito que tinha tudo para correr mal. Ainda assim as hordas adolescentes portaram-se bem e a banda foi pacificamente para os camarins com a convicção de que tem em Lisboa um público leal e comprometido.

Fotografia por José Eduardo Real



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