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Z’tomic Shirts

The Best Shirts in Town

Numa economia que se caracteriza por um estado de crise as apostas vencedoras sairão das cabeças e mãos de  empreendedores apaixonados capazes de enormes doses de dedicação e criatividade. O José André Figueira assim o espera, não fosse ele o muito entusiasmado mentor do projecto das Z’tomic Shirts.

O José André tem 32 anos e é de Coimbra. Em adolescente começou a seguir o movimento underground musical da cidade e a identificar-se com o movimento rockabilly, que é actualmente a sua paixão e o seu estilo de vida. Era comum fazer compras de roupa retro vintage no “Ebay”, mas por vezes a qualidade e acabamentos das peças adquiridas deixavam muito a desejar. Há uns 2/3 anos atrás decidiu que estava na altura de começar um pequeno projecto para confeccionar as suas próprias camisas. Foi um começo do zero, dado o seu desconhecimento em relação a técnicas de costura, de coser e /ou fazer moldes. Seguiu-se a pesquisa na internet até encontrar um molde de camisas com que deu início a um processo longo de tentativa e erro e de auto aprendizagem, mas a técnica foi sendo desenvolvida. Quando se sentiu mais confortável com o resultado do seu trabalho procedeu ao registo da marca: Z’tomic Shirts é o resultado de Z + ‘tomic. Z de Zé, claro está. ‘tomic vem do conceito de atomic shirts (as camisas de dois tons tão na moda dos anos 50). Seguiu-se a criação do logo (através de Patrícia Bizarro, uma amiga designer), a criação de etiquetas e o lançamento online e no facebook.

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Os primeiros clientes foram pessoas com gostos semelhantes aos de Zé André. Sendo baterista de uma banda “Neo Rockabilly”, não perdeu a oportunidade de utilizar os concertos da banda para fazer divulgação da sua criação. E foi assim que foram feitos dois importantes contactos iniciais, primeiro com o dono da loja FugaDóleo (loja lisboeta de artigos vintage e retro) e depois no seguimento de um pequeno festival realizado em Coimbra com bandas da Noruega começou a exportação de camisas para Oslo. As vendas foram-se seguindo, e à Noruega e Portugal, juntaram-se França, Bélgica e UK como países de destino. Outros mercados poderão seguir-se se a divulgação do conceito tiver sucesso.

Zé André faz tudo sozinho, desde adquirir os tecidos, passando pela confecção, e acabando nos contactos de venda e divulgação da marca. Para a criação das camisas, Zé André inspira-se no conhecimento que tem deste estilo e que adquiriu ao longo dos anos. A importância que o próprio dá aos pormenores e à qualidade dos tecidos tornam-se pontos fortes e distintivos da marca. E apesar de ter começado do zero em termos das técnicas de confecção, a verdade é que o gosto já lá estava e o conhecimento do estilo era grande.

O criador da marca identifica algumas prioridades imediatas: o desenvolvimento do site oficial, a obtenção de meios financeiros para fazer crescer a marca (o que no contexto económico actual se tem apresentado como uma das maiores dificuldades do negócio), e de seguida, o alargamento a mais produtos (calças anos 40, casacos gabardine, e até, roupa feminina). E claro, continuar a aposta no mercado europeu onde este nicho de mercado é mais significativo.

E quanto ao futuro da marca? A resposta está nas palavras de Zé André: “Um dia espero poder desenvolver uma empresa de confecção e poder criar postos de trabalho, como também poder vir a contribuir para a exportação do nosso país”.

Parece-nos muito bem.



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