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Twin Shadow @ Lux

Sem sobressaltos.

Relativamente ao concerto de Twin Shadow no Lux, no passado dia 25 de Maio, tínhamos uma certeza – o som estaria melhor do que da última vez que lá tínhamos estado. A última visita ao Lux fora no dia 19 de Abril, dia de concerto de Best Coast. Concerto péssimo por várias razões, mas, resumindo muito bem a coisa, o som estava péssimo e, ao vivo, Beth Cosentino não canta um chavo.

Adiante. Twin Shadow é George Lewis Jr., um tipo que podia muito bem ser um actor de Bollywood mais charmoso que o normal. E é nesta altura, numa altura em que os Gayngs repescam clássicos mais ou menos pirosos, one hit wonders avulsos e fazem-se de pomposos românticos que recebemos um Twin Shadow que se atira de cabeça aos sons do passado, um passado em que conseguimos filtrar influências dos Smiths, Queen e David Bowie.

O disco, “Tyrant Destroyed”, foi criado durante o refúgio em Brooklyn (mais um). Antes, Shadow havia passado pela Suécia e é com admiração que lhe vemos sair, a meio do concerto algo como: “Não percebo porque é que os americanos vão todos para países como a Suécia e a Dinamarca. Portugal é bem melhor”. Caro George Lewis, os americanos nem sabem que existimos – para os mais letrados somos uma província espanhola. Agora estamos nas bocas do mundo pelas piores razões – infelizmente, talvez nos conheçam melhor agora.

“Tyrand Destroyed” foi tocado de uma ponta à outra – «Castles in the Snow» duas vezes, uma a meio, outra a fechar, mas não há material para encores. O espectáculo escapa-nos sem grandes problemas, mas também sem grandes sobressaltos. Percebe-se o burburinho, mas, ao vivo, falta qualquer coisa que nos faça chegar à conclusão que a quantidade de concertos do homem marcada para os próximos meses seja justificada. Em sala foi suficiente, mas como será em festival?



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