Northfork

O terceiro filme dos irmãos Polish estreia este mês nas salas portuguesas, depois de ter servido de mote para a abertura do FantasPorto 2004.

Este é o melhor filme feito pelos irmãos Polish até ao momento. É imaginativo, tocante e “fantástico”. Não é fácil resumi-lo. Ele inclui agentes que tentam evacuar uma cidade inteira, Deus com um chapéu à cowboy, asas de anjo e um órfão doente. Tudo isto pode parecer estranho, mas funciona às mil maravilhas neste filme e a fotografia de M. David Mullen torna cada cena mais excitante e atractiva que a outra.

Bem no centro do Montana, um estado americano, na década de 1950, a pequena cidade de Northfork está a ser evacuada para que possa ser construída uma enorme barragem. Tudo tem de ser evacuado e mesmo os corpos do cemitério desenterrados, antes da grande cheia. Tudo vai correndo mais ou menos até que chega a altura de evacuar os mais persistentes. Entre um homem que prega os seus próprios pés ao chão e se senta de caçadeira na mão à espera que os agentes o venham despejar e um homem que, por ter uma casa em forma de barco, pensa que pode escapar à cheia, vários percalços vão acontecendo. Aliado a tudo isto, está a busca de um grupo de anjos por um outro anjo para o poderem levar para o céu num avião. Estranho? É esse o objectivo.

As actuações dos actores, em conjunto com a inspiração dos Polish, são perfeitas e dão a este filme o alento emocional que ele necessita. Quem for ver esta obra ficará decerto deliciado com a mitologia e a história em si, a comédia e os actores brilhantes e com a coragem demonstrada por Michael Polish atrás da câmara.

Apesar de ter momentos um pouco mais parados, o filme vale pelo seu conjunto. O argumento da evacuação da cidade que vai ser inundada não é original, mas tudo o resto é e cria um conjunto merecedor de uma ida ao cinema.



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