Sum 41 / Simple Plan / Cassyete @ Sala Tejo (26.09.2022)
As crianças de 30s e 40s foram com os Sum 41 ao seu jardim de infância para brincar e divertirem-se.
A geração de finais dos anos 80 e princípios de 90 ficou marcada por uma nova vaga punk desde os Green Day, Blink 182, Sum 41, NOFX, New Found Glory ou os Fall Out Boy, entre outros. O movimento iniciado nos anos 70 caracteriza-se por músicas rápidas e ruidosas abordando temas sociais, como o desemprego ou a guerra, alternando com temas de diversão e amor. Neste contexto surgem os Sum 41, banda canadiana que começou o seu caminho como banda de covers (Kaspir) de uns tais NOFX.
A The Does This Look All Killer No Filler Tour visa percorrer o globo com Simple Plan e os Sum 41, dois pesos pesados do punk rock mundial. Os Sum 41 apresentaram-se em palco para apresentar os seus êxitos e recordar uma geração que ficou marcada pelo punk rock da diversão e do amor.
Na plateia claramente em maioria, a faixa etária dos 30 – 45 anos de idade aguardavam com paciência o regresso dos Sum 41.
Como mote, «T.N.T» dos AC/DC prometia um inicio a todo o vapor, nos minutos antecedentes. O concerto começou com uma sequência explosiva de «Motivation», «The Hell Song» e «Over My Head» a abrir a toda a velocidade. Nos primeiros acordes, Deryck Whibley começou com uma frase que repetiria ao longo da noite “Bem-vindos à família Sum 41”.
Com as luzes ligadas, o vocalista “quis” ver a família antes de trazer o single «We’re All To Blame» que serviu para, no refrão, vermos a interação com o público. Deryck mostrou a união e fez dessa mesma união para chegar a todos os presentes na sala movimentando-se de um lado ao outro, como um pequeno goblin saltitante a comandar as suas tropas.
Antes de «My Direction / No Brains / Rhythms / All Messed Up» recordou que estes dois últimos anos foram muito difíceis para o próprio, mas que nada dura para sempre referindo-se à pandemia que assolou todo o mundo.
«Makes No Difference» e «Walking Disaster» a começar com as novas lanternas na mão deram um momento visualmente perfeito. Em «With Me» lembrou que é uma música com muito amor e companheirismo antes de se atirar à belíssima «In Too Deep» que agradeceu dizendo que se tratavam de músicas escritas quando os mesmos eram adolescentes. Para voltar a esse tempo, «Makes No Difference» de “All Killer No Filler” recordado algumas vezes como álbum a fazer 20 aninhos.
Deryck confessa que os primeiros riffs de guitarra que aprendeu foram de «Smoke On The Water» e seguidos de «Seven Nation Army». Houve espaço para inevitável «We Will Rock You» e «Pieces». Depois do encore, os Sum 41 guardaram o momento mais bonito da noite: «Fat Lip».
Houve ainda tempo para Deryck aparecer de surpresa com a sua guitarra e já com metade do público fora para tocar «Best Of Me» como uma espécie de bombom de agradecimento pelo nosso acolhimento e simpatia para a banda.
O concerto demonstrou que, os Sum 41 ainda estão para durar e que deram um bom espetáculo, apesar da casa quase cheia. O espetáculo recordou-nos como as coisas mudaram em 20 anos e a uma velocidade supersónica.
Numa espécie de primeira parte, tocaram Cassyette e os Simple Plan.
Os canadianos que, estranhamente, se tornaram mais comerciais começaram o espetáculo com «I’d Anything», «Shut Up» e «Jump» e muitos agradecimentos a Portugal, às nossas belas paisagens e belas praias, onde o próprio fez surf.
Numa espécie de karaoke party, o vocalista cantou «All Star» dos Smash Mouth, «Sk8ter Boy» de Avril Lavigne e «Mr Brightside» dos The Killers. Em «Where I Belong» recordou os seus tempos de criança em que onde queria estar era nos concertos de Green Day, Blink 182 ou Sum 41.
«I’m Just A Kid» recordou-nos que há 20 anos não existia Tik Tok ou Facebook, antes de terminar com chave de ouro com «Perfect».
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