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Chandi estreia-se com o álbum «Portal»

Um disco sobre casa, raízes e viagens interiores

Depois de apresentar os aclamados singles «Oxalá» e «Home», Chandi revela agora «Portal», o seu aguardado álbum de estreia, com lançamento marcado para 7 de Março de 2025. Neste trabalho, a artista portuguesa de raízes indianas constrói uma obra que atravessa geografias, sonoridades e emoções, refletindo a sua própria jornada entre territórios, culturas e identidades.

Mais do que um conjunto de canções, «Portal» é descrito pela própria como uma travessia: um disco que questiona o conceito de casa — enquanto espaço físico, emocional e espiritual — e que explora as dualidades da existência. Entre texturas eletrónicas, instrumentos orgânicos e influências da world music, Chandi propõe uma viagem íntima e imersiva, onde cada faixa abre a porta para um novo universo.

O disco nasce do desejo de integrar diferentes projetos autorais que têm marcado o percurso artístico da cantora, como o livro “O Grito da Bananeira” e a performance “Trânsitos”. Em «Portal», essas várias expressões artísticas convergem num álbum pensado para ser vivido em múltiplos formatos: do concerto tradicional à performance imersiva, passando por tertúlias e residências artísticas. Em todas elas, a pergunta que orienta o trabalho permanece: “Afinal, o que é casa?”

Co-produzido por Nilson Dourado, o álbum conta ainda com participações especiais de músicos como Tó Cruz, Celina da Piedade, Francisco Gaspar, Mário Aphonso III e Ruca Rebordão. É precisamente com este último que Chandi assina o novo single «Dragonfly», editado em simultâneo com o disco. Aqui, a artista presta homenagem aos seus ancestrais, reconhecendo nas memórias e histórias do passado a força que a sustenta no presente e a inspira a seguir criando.

«Portal» começa com «Uterus», um prelúdio delicado que celebra o feminino e anuncia um renascimento. Segue-se «Lugar», onde Chandi costura Batuko e Garba num encontro de ritmos e línguas que reflete a sua herança multicultural.

Mais à frente, «Aritmética Cósmica» procura sentido na vastidão da existência, enquanto «Contornos» mergulha em momentos de dúvida e solidão, questionando a fé no invisível.

O já conhecido «Home» retoma a busca pela ideia de casa, partindo da dualidade entre pertença e desapego, e «Camaleão», em dueto com Nilson Dourado, aborda a identidade com ironia e ousadia, sobre bases rítmicas dançáveis.

Em «Oxalá», escrita durante a pandemia, Chandi une as suas origens materna e paterna numa canção de reconciliação e esperança, enriquecida com a participação de Celina da Piedade.

Por fim, «Dragonfly» encerra a viagem com gratidão e propósito, invocando bênçãos e reforçando a ancestralidade como guia criativa.

Com «Portal», Chandi procura afirmar-se como uma das artistas mais singulares da música contemporânea portuguesa, unindo tradição e modernidade num trabalho de grande sensibilidade e profundidade.

Ao longo do disco, a artista cria pontes entre linguagens, territórios e emoções, oferecendo ao público uma obra que não pretende dar respostas definitivas, mas antes abrir caminhos de reflexão sobre pertença, deslocação e transformação.

Em breve, Chandi levará «Portal» à estrada com um formato especial que promete ultrapassar o concerto convencional, prolongando no palco essa viagem de descoberta interior que o disco tão bem inaugura.



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