Sugestões de Natal
Já sabe o livro vai oferecer?
Época que celebra a união e a família, o Natal é também sinónimo de partilha. E não existe melhor prenda que, claro, o livro.
Mas, o mais difícil será escolher que título oferecer tal é a crescente, e excelente diga-se, oferta do mercado editorial em Portugal. Para o ajudar nesta árdua missão, o Rua de Baixo deixa algumas sugestões de livros que foram chegando aos escaparates ao longo deste ano, estão entre os que mais gostamos de ler, e que podem ir para o sapatinho dos seus familiares e amigos.
No que toca a autores portugueses, 2019 foi um ano do regresso de alguns nomes grandes da literatura contemporânea, assim como da revelação de outros. Autobiografia, de José Luís Peixoto (Quetzal), Eliete, de Dulce Maria Cardoso (Tinta da China), A Noite em que o Verão Acabou, de João Tordo (Companhia das Letras), Paz Traz Paz, de Afonso Cruz (Companhia das Letras), Imortal, de José Rodrigues dos Santos (Gradiva), O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça, Ana Margarida de Carvalho (Relógio D´Água), Fado ou Dentro de Ti Ver o Mar, de Inês Pedrosa (Porto Editora) e Lisboa, Chão Sagrado, de Ana Bárbara Pedrosa (Bertrand Editora) são excelentes exemplos da profícua atividade literária dos escritos made in Portugal.
Entre as obras de escritores estrangeiros, os destaques são também muitos e bons. Depois de deixar os leitores em suspenso com a primeira metade de A Morte do Comendador (D. Quixote), Haruki Murakami, obrigou-nos a mais um excelente exercício surrealista com o segundo tomo do referido título. Dentro do mesmo registo, Vida À Venda (Livros do Brasil) do também japonês Yukio Mishima, um título originalmente editado 1968, é outro livro a não perder. Já Em Tudo Havia Beleza (Alfaguara), de Manuel Vilas, e Milkman (Porto Editora) de Anna Burns, é o quotidiano quem mais ordena nestes dois romances, seja em modo autobiográfico ou num registo à beira do precipício emocional.
Também os amantes de thrillers e policiais podem vir a ter um Natal em cheio. Para isso basta receber um (ou mais) livro como A Transparência do Tempo (Porto Editora), de Leonardo Padura, A Outra Mulher (Harper Collins) de Daniel Silva, Sem Mentiras (D. Quixote), de Robert Wilson, O Carrasco (Suma de Letras), de Daniel Cole, Abismo (Quetzal), de Yrsa Sigurdardottir ou A Rapariga que Viveu Duas Vezes (D. Quixote), de David Lagercrantz, este último livro sinónimo de última aventura de Lisbeth Salander, a mítica personagem criada pelo saudoso Stieg Larsson.
No universo da não-ficção, recomenda-se vivamente a oferta de um livro como Estrada Leste Oeste (Vogais), de Phipippe Sands, cujas páginas nos levam de volta ao tema do holocausto. Para quem gosta de biografias e de música, I’ am Your Man, a Vida de Leonard Cohen (Tinta da China), de Sylvie Simmons, assume-se como um “dois em um”. Já se é amante de história ou artes, deixamos duas sugestões: A Mitologia Explicada pela Pintura (Círculo de Leitores), de Gérard Denizeau, Templários em Portugal (Manuscrito), de Paula Pinto Costa. Aos amantes de futebol, aconselha-se a leitura de O Futebol com que Sonhei (Contraponto), de Luís Freitas Lobo.
Para os leitores mais novos, recomendamos As Mãos e os Livros (Planeta Tangeria), de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso, Um Milhão de Rebuçados (Pato Lógico), de Inês Fonseca Santos e Marta Monteiro, assim como mais um volume da coleção Meninos Pequenos, Grandes Sonhos (Nuvem de Letras), desta vez dedicada a Mahatma Gandhi, da autoria de Albert Arrayás e Maria Isabel Sánchez Vegara. De dimensões mais generosas, O Nosso Planeta (Nuvem de Letras), de Matt Whyman e Richard Jones e As Mais Belas Coisas do Mundo (Porto Editora), de Valter Hugo Mãe, com arte de Nino Cais, são duas excelentes formas de falar sobre a Natureza e o Homem e vão, com certeza, proporcionar bons, e belos, momentos em família.
Bom Natal, e boas leituras!
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