Catálogo da Fundação GDA destaca 400 álbuns

Nova plataforma valoriza a música nacional e preserva memória coletiva

A Fundação GDA acaba de lançar a versão renovada do seu Catálogo das Edições Fonográficas, uma plataforma digital que reúne mais de 430 álbuns de artistas nacionais apoiados pelos programas de edição fonográfica da instituição desde 2008. Com um design atualizado e novas funcionalidades, o catálogo reforça a sua missão de valorizar o trabalho dos músicos em Portugal e de preservar um registo histórico essencial para a memória cultural do país.

Criado em 2017 com curadoria do jornalista e crítico musical Nuno Galopim, o Catálogo da Fundação GDA foi pensado como um arquivo de referência, com utilidade para artistas, investigadores, académicos e para o público em geral. Com esta nova versão, a plataforma expande o seu propósito, promovendo não só a consulta e estudo das obras, mas também o seu acesso e divulgação, permitindo ouvir diretamente os álbuns através de ligações para serviços como Spotify e Apple Music.

Esta integração com as plataformas de streaming acrescenta uma dimensão prática ao catálogo, potenciando o retorno financeiro para os próprios artistas ao facilitar a escuta das obras nos canais oficiais. Segundo Mário Carneiro, Diretor-geral da Fundação GDA, “o Catálogo das Edições Fonográficas é, antes de mais, um serviço aos artistas, contribuindo para a valorização do seu trabalho e para a construção de uma memória coletiva do panorama musical português”.

A Fundação GDA tem sido uma peça fundamental no apoio à criação musical em Portugal, através de iniciativas como o Concurso de Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete e o envolvimento no Prémio Jovens Músicos. O resultado deste investimento contínuo traduziu-se já em centenas de obras lançadas por artistas e bandas de vários géneros musicais, que agora ganham maior destaque através do catálogo.

Entre as próximas etapas do projeto está prevista a criação de playlists oficiais nas plataformas de streaming, organizadas com músicas selecionadas a partir do catálogo. Algumas destas listas contarão com a curadoria de figuras ligadas ao meio musical, numa estratégia que visa atrair novos públicos e garantir maior visibilidade às obras apoiadas.

Pedro Wallenstein, presidente do Conselho de Administração da Fundação GDA, sublinha que este catálogo “vai muito além do registo das edições apoiadas”. Segundo o responsável, trata-se de “uma ferramenta que ajuda os músicos a capitalizar o seu trabalho, assegurando a sua proteção em termos de direitos conexos e reforçando a presença digital das suas obras”.

Com atualizações contínuas previstas para acompanhar as novas edições apoiadas, o Catálogo das Edições Fonográficas da Fundação GDA afirma-se como um recurso essencial para quem quer conhecer, estudar e ouvir a produção musical nacional que, muitas vezes, fica fora do circuito comercial. É, ao mesmo tempo, um arquivo vivo e uma montra para a diversidade criativa dos músicos portugueses.