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Mostra KINO apresenta “História(s) do Cinema Alemão”

De 9 a 18 de fevereiro na Cinemateca de LIsboa.

A partir de quinta-feira, 9 de fevereiro, e até 18 de fevereiro, a KINO – Mostra de Cinema de Expressão Alemã, organizada pelo Goethe-Institut Portugal, apresenta-se na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, em Lisboa. O foco História(s) do Cinema Alemão comemora os 20 anos da mostra com seis filmes que percorrem algumas das etapas mais marcantes do cinema alemão e avaliam também o passado e o presente da cultura cinéfila na Alemanha.

Os irmãos Skladanowsky (1995), de Wim Wenders, é uma colaboração com estudantes de cinema que mistura documentário e ficção para contar a história dos pioneiros desconhecidos do cinema, Max, Emil e Eugen Skladanowsky. Um filme trágico e comovente sobre os irmãos que inventaram o primeiro projetor cinematográfico meses antes da revelação ao mundo do sistema patenteado pelos irmãos Lumière. De Caligari a Hitler: o cinema alemão na era das massas (2014) explora sequências de grandes cineastas como Murnau, Lang, Lubitsch, Pabst, Ruttmann, Ulmer ou Siodmak. Na idade de ouro do cinema alemão, entre o fim da I Guerra Mundial e a chegada ao poder dos Nazis, estes autores pareciam vaticinar nos seus filmes a barbárie que estava para vir.

Hitler’s Holywood (2017) analisa um período negro na história do cinema alemão. Durante a ditadura nazi, entre 1933 e 1945, foram produzidas cerca de mil longas-metragens que, não se tratando declaradamente de propaganda, tinham como objetivo alinhar os alemães com o partido, disseminando as suas ideias e plantando estereótipos. No pós-guerra, houve uma clara renovação na cinematografia alemã e é disso que falam criadores como Caroline Link, Doris Dörrie, Michael Ballhaus, Tom Tykwer, Wim Wenders, Dominik Graf, Christian Petzold, Andreas Dresen, Wolfgang Kohlhaase e Hanns Zischler no documentário Olhos nos olhos – uma história do cinema alemão (2007), uma belíssima homenagem que passa em revista os clássicos e os filmes inesquecíveis. A primeira exibição deste filme, a 14 de fevereiro, será seguida de uma conversa com o público à volta do mesmo.

Vem comigo ao cinema – Os Gregors (2022) é também ele uma homenagem, não necessariamente aos filmes, mas a duas personalidades ligadas a esse universo: Erika e Ulrich Gregor, os fundadores do famoso cinema Arsenal e da secção Forum da Berlinale. O documentário de Agneskirchner apresenta os comentários de Wim Wenders, Alexander Kluge e Jim Jarmusch, entre outros, sobre a sua experiência com a dupla cinéfila. Por fim, 66 Cinemas (2016) mede o pulso aos cinemas independentes na Alemanha, procurando antever os desafios futuros que se lhes colocam tendo em conta as mudanças nos hábitos dos espectadores e da própria indústria. Um olhar panorâmico sobre os diferentes locais de exibição que passa pelos cineclubes, cinemas regionais, auditórios Multiplex e muitos outros. Uma declaração de amor àquele que ainda é o sítio mais bonito para ver cinema, seguida de uma sessão de Q&A com o realizador.


O programa da KINO na Cinemateca Portuguesa inclui ainda a apresentação do livro Grosses Kino – O Cinema Mudo Alemão em Portugal, da autoria de Gerald Bär, que apresenta críticas e recensões de filmes na imprensa nacional do cinema mudo de expressão alemã exibido à época nos cinemas portugueses e que será apresentado na livraria “Linha de Sombra”, na Cinemateca, na presença do autor, de Teresa Althen (diretora artística da KINO) e de outros convidados para uma conversa sobre as questões abordadas na obra.

Horários das sessões e informações sobre bilheteira na página da KINO.



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