Nintendo Classic Mini: Super NES | Análise
Mais uma mini-viagem de sucesso, desta vez até aos anos 90!
Face ao estrondoso sucesso da Nintendo Classic Mini: NES, uma das grandes surpresas do ano passado, é já no dia 29 de Setembro que a empresa nipónica nos convida para mais uma mini-viagem no tempo. Com a Nintendo Classic Mini: Super NES, recuamos até aos gloriosos anos 90 e, tal como acontecia com a sua antecessora, também esta mini-consola manterá um aspecto idêntico ao da consola original (se bem que num formato mais pequeno). Além disso, estará também devidamente preparada para as actuais televisões de alta definição, ao fazer-se acompanhar por um cabo HDMI. A Nintendo já assegurou que irá continuar a distribuir stock da consola na Europa em 2018 e adicionalmente, para aqueles que não conseguiram deitar as mãos à mini-consola anterior, foi também anunciado que no próximo verão poderão contar com o seu regresso ao território europeu.
Ao retirar a Mini SNES da caixa, foi impossível ficar indiferente ao seu formato que tão bem replica a já velhinha Super Nintendo. Está lá tudo, até a entrada para os cartuchos (calma que é apenas uma decoração)! Tal como acontecia com a Mini NES, ligá-la à televisão é tão simples como ligar dois cabos, o que mais uma vez sugere uma portabilidade relativamente confortável, caso queiramos partilhar a nossa experiência com familiares ou amigos. Assim que a ligamos surge o familiar menu que estava também presente na mini-consola anterior, que nos permite percorrer os jogos pré-instalados na consola. Ao todo são 21 e podem saber quais são na lista que se segue:
- Contra III: The Alien Wars™
- Donkey Kong Country™
- EarthBound™
- Final Fantasy III
- F-ZERO™
- Kirby™ Super Star
- Kirby’s Dream Course™
- The Legend of Zelda™: A Link to the Past™
- Mega Man® X
- Secret of Mana
- Star Fox™
- Star Fox™ 2
- Street Fighter® II Turbo: Hyper Fighting
- Super Castlevania IV™
- Super Ghouls ’n Ghosts®
- Super Mario Kart™
- Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars™
- Super Mario World™
- Super Metroid™
- Super Punch-Out!!™
- Yoshi’s Island™
Ao oferecer “apenas” 21 jogos, seguramente que a Nintendo vai deixar alguma malta desapontada. Vou ser honesto e apontar que gostava de ver aqui o Chrono Trigger mas não me sinto, de todo, defraudado. Quando analisei a Nintendo Classic Mini: NES, perguntei-me se seria uma boa primeira consola para o meu miúdo. A ideia de vir a partilhar com ele um leque de glórias que definiram toda uma geração e que serviram de inspiração para as seguintes, traduziu-se num enorme sim e com a Mini SNES, o sentimento continua inalterado! Aliás, acrescento ainda o entusiasmo de, em exclusivo para esta mini-consola, poder jogar Star Fox 2. Para quem não sabe, este jogo esteve a ser desenvolvido em 1990 como sequela do original só que a Nintendo decidiu despender os seus esforços na produção da Nintendo 64 e acabou por ser cancelado. Se este jogo corresponde às expectativas, tendo em conta a sua idade, irá variar de jogador para jogador mas para quem se interessa pela história da indústria, será certamente indescritível jogar a esta relíquia pela primeira vez.
Por falar em jogar, merecem destaque os dois(!) comandos que acompanham a consola. Fiquei particularmente feliz pelo facto de os seus cabos serem bem maiores que os da consola anterior e pelo seu tamanho ser também consideravelmente maior. O que é óptimo, pois assentam muito bem nas nossas mãos e replicam muito bem os da Super Nintendo em termos de formato. Tão bem, aliás, que imediatamente me transportaram para os meus tempos de miúdo. Já em termos de funcionalidade da consola, de volta estão os 4 slots para podermos gravar o nosso progresso em cada jogo mas é pena que para trocar de jogo, ainda seja necessário pressionar o Reset.
Os jogos correm, todos eles, na perfeição. Não contem com remasterizações mas sim com uma experiência fiel à original, sem tirar nem pôr. Isto implica que alguns títulos terão envelhecido melhor do que outros mas a diversão, essa é uma constante sobretudo em jogos para dois jogadores. Se bem se lembram, alguns destes títulos eram bem complicados em termos de dificuldade. Por isso, de modo a aligeirar a nosso regresso a estes clássicos da indústria dos videojogos, a Mini SNES faz-se acompanhar por uma novidade bem pertinente. Falo da hipótese de podermos retroceder o nosso jogo num máximo de 45 segundos para trás. Imaginem que estão a jogar Castlevania e que uma distracção vos leva a uma morte prematura. Seleccionem o vosso save mais recente e pressionar o botão X. Quando o nosso jogo começar a recuar no tempo, basta escolher um ponto seguro e continuar o jogo a partir daí. Vão passar a gravar mais vezes, não vão? Claro que isto leva a algum facilitismo. O facto de podermos anular cada morte indesejada que ocorre nos nossos jogos, implica que as coisas acabem por ficar mais fáceis. Mas lembrem-se que isto é apenas uma opção e se esse facilitismo levar a que novas gerações possam desfrutar destas pérolas, ou quem sabe dar início à sua primeira abordagem aos videojogos com elas, nomeadamente os mais novos, pois que assim seja!
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