Nintendo Mini 2

Nintendo Classic Mini: NES | Análise

Uma nostálgica viagem no tempo a um preço acessível e sem precisar de sair de casa

No dia 14 de Julho, a Nintendo decidiu surpreender tudo e todos – sobretudo os fãs de jogos retro – ao anunciar uma nova consola. Trata-se da Nintendo Classic Mini: Nintendo Entertainment System, uma réplica da consola original da Nintendo mas que pode agora ser ligada directamente a uma televisão de alta definição, através de um cabo HDMI. A compra da consola garante um cabo HDMI e um Comando Nintendo Classic Mini: NES. Se quiserem jogar com um amigo, podem adquirir um segundo Comando Nintendo Classic Mini mas a compatibilidade com os comandos Clássico ou Clássico Pro da consola Wii talvez vos fique mais em conta, caso possuam um. “A Nintendo Classic Mini surge assim como uma excelente oportunidade para viajar no tempo e reviver, ou até mesmo conhecer pela primeira vez, glórias que definiram toda uma geração!” Foi assim que concluí a notícia que cobriu o revelar desta consola. Na semana passada surgiu a oportunidade de a analisarmos e é precisamente isso que vos trago hoje. Vamos lá falar sobre a Nintendo Classic Mini: NES.

 O que muitos se devem estar a questionar é: “O que é que realmente me vai fazer comprar esta Nintendo Classic Mini?” Vou falar por mim, na expectativa de poder responder a quem se encontra na mesma posição que eu. Como do ZX Spectrum transitei para uma Family Game, no que toca à Nintendo, apenas pude desfrutar devidamente de alguns dos jogos da primeira consola da empresa Nipónica. Durante algum tempo, a única forma que me permitia desfrutar da experiência que os seus jogos tinham para oferecer obrigava-me a recorrer a emuladores. Anos mais tarde a 3DS, Wii e Wii U viriam a sugerir uma solução com o seu sistema de Consola Virtual. Só que a compra de um jogo da Nintendo para uma destas plataformas raramente é transversal para outra e isso implica que se quisesse continuar a desfrutar destes títulos, sem quaisquer restrições, teria de o fazer mais do que uma vez.

A Nintendo Classic Mini resolve-me esse problema, pois por 60 euros, o preço de um jogo para a Wii U, tenho acesso a 30 dos jogos que mais marcaram a primeira consola da Nintendo e, melhor ainda é que para continuar a desfrutar deles só preciso de uma televisão. Desde Super Mario Bros. 1-3, Zelda 1 e 2, Metroid, Kirby’s Adventure, Castlevania e Super C, o leque de jogos em nada desilude e todos rodam na perfeição. Aqui fica a lista dos jogos pré-instalados na consola:

·        Balloon Fight

·        BUBBLE BOBBLE

·        Castlevania™

·        Castlevania II: Simon’s Quest™

·        Donkey Kong

·        Donkey Kong Jr.

·        DOUBLE DRAGON II: THE REVENGE

·        Dr. Mario

·        Excitebike

·        FINAL FANTASY®

·        Galaga™

·        GHOSTS‘N GOBLINS™

·        GRADIUS™

·        Ice Climber

·        Kid Icarus

·        Kirby’s Adventure

·        Mario Bros.

·        MEGA MAN™ 2

·        Metroid

·        NINJA GAIDEN®

·        PAC-MAN™

·        Punch-Out!! Featuring Mr. Dream

·        StarTropics

·        SUPER C™

·        Super Mario Bros.

·        Super Mario Bros. 2

·        Super Mario Bros. 3

·        Tecmo Bowl™

·        The Legend of Zelda

·        Zelda II: The Adventure of Link

A “mini” dimensão da consola confere-lhe uma portabilidade relativamente confortável, isto caso queiram partilhar a experiência com outro familiar ou amigos. Sobretudo com o natal à porta, este é um pequeno toque de nostalgia que pode facilmente animar ainda mais a época natalícia, não só dos mais novos mas também dos adultos. Um ponto negativo que tenho de salientar prende-se com a curta extensão do cabo USB – que estabelece a ligação entre a consola e a televisão – e do próprio comando, que infelizmente não é wireless. Esta curta extensão obriga a que tenhamos de jogar sentados no chão. Contornado esse desconforto, mesmo que não haja a possibilidade de podermos vir a aumentar o leque dos jogos que traz consigo, a Nintendo Classic Mini oferece muitas e boas horas de diversão. O grafismo é o que podemos esperar, tendo em conta os jogos em questão mas ainda assim surge com algumas opções que podem aprimorar um pouco mais a nossa experiência: Pixel Perfect reduz tudo a um pequeno, mas bastante polido, quadrado no ecrã; 4:3 é mais amplo, esticando um pouco mais a imagem; mas o meu preferido é o CRT filter que replica o aspecto dos televisores dos anos 80. Cada jogo tem disponíveis quatro slots nos quais podemos gravar o nosso progresso, uma opção bastante pertinente e que não estava presente na consola original. Para alternar entre cada jogo, basta pressionar o botão reset. É pena que no comando não haja uma combinação de teclas (por exemplo Start + Select) que nos faça voltar ao menu principal da consola.

Se já jogaram a alguns títulos presentes na consola virtual, sabem o que esperar em termos de jogabilidade. Não esperem remasterizações e sobretudo não confundam estes com os jogos da Super Nintendo (ou SNES). O que viam na altura é o que encontram aqui, sem tirar nem pôr. Acusam alguma idade, uns mais do que outros, mentia se dissesse o contrário mas a sua fórmula deixa-me sempre de sorriso no rosto, desde o momento em que ligo a consola até ao momento em que a desligo. Paralelo à pergunta que coloquei em cima, questionava-me se esta seria uma boa primeira consola para o meu miúdo. A ideia de vir a partilhar com ele este leque de glórias que definiram uma geração e que serviram de inspiração para as que se seguiram traduz-se num enorme sim! Para os saudosistas esta é sem dúvida uma prenda de Natal a ter em conta mas também o é para quem nunca teve a oportunidade de as experimentar. Esperamos que no próximo ano possamos também contar com uma versão da SNES!



There are no comments

Add yours

Pin It on Pinterest

Share This