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Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra

A 10ª edição dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra terá lugar de 24 a 26 de Maio com concertos no Centro Cultural D. Dinis, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, no Teatro Académico de Gil Vicente e no mítico Salão Brazil

Tal como nas edições anteriores, os Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra apresentam propostas arrojadas e de destaque do que de melhor se faz na música improvisada e no jazz contemporâneo, nacional e internacional, sempre com músicos de primeira linha.

Open Field String Trio + Carlos “Zíngaro”
Na abertura da presente edição teremos a formação conimbricense Open Field String Trio + Carlos “Zíngaro”, no Centro Cultural D. Dinis. Dadas as suas características musicais e instrumentais (viola de arco, guitarra e contrabaixo), o Open Field String Trio tem vindo, pouco a pouco, a ganhar um espaço na cena portuguesa da música improvisada. João Camões, Marcelo dos Reis e José Miguel Pereira desenvolvem um trabalho bastante expressivo, assente na pesquisa e exploração dos seus instrumentos, afirmando-se com uma estética sonora e identidade únicas. Esta actuação terá a participação do consagrado violinista Carlos “Zíngaro”, considerado por muitos como o maior improvisador nacional.

Carlos “Zíngaro”
No Mosteiro de Santa Clara-a-Velha terá lugar a actuação a solo do violinista Carlos “Zíngaro”, o mais consagrado e internacional dos improvisadores nacionais. O seu currículo musical é imenso e riquíssimo. Com formação e influências clássicas, “Zíngaro” estudou musicologia, música electro-acústica e música contemporânea. Envolveu-se frequentemente em projectos nas áreas do teatro e da dança contemporânea. Foi pioneiro em Portugal da “composição imediata”, nas relações entre som e movimento em tempo real. A revista francesa atribuiu-lhe por duas vezes o prémio “Chock de la Musique” e alguns trabalhos seus foram eleitos melhores discos do ano na Wire Magazine e na Coda.

Hugo Carvalhais Nebulosa com Dominique Pifarély e Emile Parisien
No segundo dia dos Encontros sobe ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente o contrabaixista Hugo Carvalhais, uma das grandes revelações do panorama do jazz nacional. Em 2010, o seu primeiro projecto “Nebulosa” foi distinguido pela revista Jazz.pt como um dos melhores trabalhos desse ano. Editado pela Clean Feed, este disco contou com a participação do virtuoso Tim Berne. Carvalhais tem preparado para breve o lançamento do seu segundo disco. Entretanto, e apesar de ser um músico autodidacta, Carvalhais já conseguiu demonstrar uma grande mestria, talento e técnica, tanto ao nível da composição como da improvisação. Participou em vários seminários com músicos como Ron Carter, Miroslav Vitous, Eddie Gomez ou Carlos Bica, para citar apenas alguns, e teve como influências directas no contrabaixo nomes não menos importantes como Gary Peacock, Barre Phillips, Barry Guy ou Peter Kowald. Hugo Carvalhais apresenta-se em Coimbra com os seus habituais colaboradores, Gabriel Pinto no piano e Mário Costa na bateria, e com os convidados especiais Dominique Pifarély no violino e Emile Parisien no saxofone soprano.

Atomic
Uma das actuações mais esperadas dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra é a do quinteto escandinavo Atomic, que terá lugar no Teatro Académico de Gil Vicente. Com cinco álbuns editados, esta formação democrática – sem um líder auto-denominado – é composta por Fredrik Ljungkvist no saxofone, Magnus Broo no trompete, Havard Wiik no piano, Ingebrigt Haker-Flaten no contrabaixo e Paal Nilssen-Love na bateria. O trabalho dos Atomic resulta de inspirações tão variadas como o free-bop norte-americano, o free jazz e as músicas contemporânea e improvisada europeias. Desta forma, a formação criou uma identidade própria, criando contrastes intensos e explosivos.

Trespass Trio + Joe McPhee
Outra das actuações de que muito se espera é a da formação Trespass Trio + Joe McPhee, no mítico Salão Brazil. O concerto será gravado para posterior edição discográfica (Clean Feed/Jacc Series). Os Trespass Trio apresentam um trabalho constituído por elementos de muitos contextos musicais, sendo o seu jazz visceral e com muito groove. A postura de Küchen é a de um músico de conceito e isso reflecte-se no seu trabalho, tanto em palco como no árduo trabalho que desenvolve na busca de outras sonoridades. Não menos importantes são os outros elementos, que aportam bastantes qualidades a esta formação. O contrabaixista Per Zanussi e o baterista Raymond Strid, juntamente com Martin Küchen, formam um trio de altíssimo calibre. É convidado especial McPhee, que regressa assim a Coimbra uma vez mais, depois de ter actuado em 2009 com o Peter Brotzmann Chicago Tentet. Músico multi-instrumentista, tem tido uma carreira musical notável, com uma discografia impressionante, tratando-se de uma figura incontornável do free jazz.

Exposição
Durante o evento, o Teatro Académico de Gil Vicente apresenta a exposição fotográfica “10 anos de Encontros”.



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