não simão | entrevista
"Se houvesse vida aqui" - um som cheio de diferentes influências, claramente identificáveis, que não fica completo sem uma frase poética que desafia ecoar na mente para lá do momento em que é escutada.
não simão é um colectivo muito eclético que se encontra a promover o 1.º EP de 5 faixas, “Se houvesse vida aqui”, que editaram de forma independente.
Eles são 5, Simão Palmeirim (voz e guitarra), José Anjos (bateria), Pedro Fernandes (baixo), Ana Raquel (saxo barítono) e Marco Alves (trombone de vara), e na sua curta carreira contam já com um prémio ganho no Festival Amanha-te, uma residência artística no bar Irreal e a passagem por todas as FNAC da zona de Lisboa.
Um som cheio de diferentes influências, claramente identificáveis, que não fica completo sem uma frase poética que desafia ecoar na mente para lá do momento em que é escutada.
Estive à conversa com o completo artista e mentor dos não simão, Simão Palmeirim, e só vos posso dizer que ele é uma caixinha de surpresas! Deixo-vos com parte da conversa e espero conseguir espicaçar a vossa curiosidade a conhecer melhor esta banda que, procura editora que a compreenda e dê espaço à expansão da sua singularidade.
Porquê não simão, Simão?
Nós inventamos sempre uma história diferente para a origem do nome, mas a que tem ficado mais em voga tem sido a de que, durante muito tempo, eu fui propondo à banda um nome e a reação era sempre a mesma “Não, Simão…” e então às tantas, em forma de desespero, eu disse “então e se for isso mesmo? não simão?” Disseram naturalmente: “Não, Simão!” e percebemos que tinha mesmo de ficar esse nome. Contudo esta é apenas uma das muitas versões inventadas para a origem do nome. Ficou, e há-de ficar, soa bem e eu gosto da força que tem uma negação a abrir qualquer coisa.
Eu fiquei com a ideia de que esta banda parte muito de ti individualmente, és tu que compões e escreves, não é?
Essa foi a origem, eu tinha as composições, já tinha tido uma ou duas bandas anteriormente e até com modus operandi mais colaborativos no que diz respeito à composição, mas tinha muitas coisas que se encontravam na gaveta. Eu componho em voz e guitarra, então parti em busca de um baixista e um baterista, procurei pessoal que tivesse formações bastante diferentes, porque eu queria um som muito eclético. Depois ainda acrescentámos a este clássico set de power trio, dois sopros, temos um saxofone e um trombone, portanto, neste momento somos um quinteto fixo, às vezes tocamos em trio, às vezes tocamos em quinteto, mas a formação é um quinteto. Hoje em dia acontece que as composições são muito mais partilhadas, o que é natural quando se começa a trabalhar com as pessoas de uma forma mais regular. Já não sou só eu que trago uma coisa pré-feita para os ensaios, às vezes pomo-nos a curtir meia dúzia de acordes, tempos, ou simplesmente uma linha melódica que alguém traz. Agora as composições já vão sendo mais partilhadas e era exactamente isso que se pretendia, era essa partilha de backgrounds e de vontades de fazer música diferente. Por isso é que eu acho que o som que fazemos às vezes não é fácil de encaixar, não é uma coisa muito experimental, nem muito complexa, mas não é exactamente pop, nem exactamente isto, nem exactamente aquilo, mas é isso que nos dá tanto gozo, é esse ecletismo e o facto de haver espaço para cada um pode trazer os seus inputs para as canções.
E como é que vocês se conheceram?
Em sítios completamente diferentes, eu conheci o baixista através de amigos de amigos, sempre gostei muito da dinâmica dele em termos musicais e houve uma noite qualquer de copos, em que dissemos “temos de fazer uma cena juntos!”. Na altura tínhamos um baterista que gostava de música mais pesada, o nosso primeiro baterista (Ricardo Meneses), mas depois emigrou para Berlim, a vida a isso o obrigou, e arranjámos outro baterista através de uma amiga. A entrada dos sopros deu-se desta forma: o baixista conhecia o trombonista e disse-lhe “queres vir tocar umas malhas de trombone connosco?” e este respondeu “vou, mas só se levar também uma miúda que toca saxofone” e nós dissemos “melhor ainda!” A aglutinação foi sempre gerada com base em coincidências, seguindo uma linha emocional, de relações pessoais, demo-nos sempre bem com isso, tem dado bons resultados.
Sei que ganharam o concurso AMANHA-TE em 2016, o que isso trouxe de novo aos não simão?
Na altura trouxe uma grande experiência, foi muito fixe lá ir tocar, o palco era porreiro, as outras bandas eram muito giras também, essa experiência foi a primeira vez, acho, em que fomos em viagem todos juntos. Foi muito rico para nós enquanto banda podermos estar todos juntos a curtir e fazer um bom concerto, eu acho que foi efectivamente bom o concerto que demos, ganhar ou não ganhar…
Nós também damos muita importância às coisas que temos feito no passado e que não são propriamente competições, eu dou-te um exemplo, fizemos uma residência artística no bar Irreal em Lisboa durante um ano, tocámos lá todos os meses convidando alguém diferente a partilhar o palco connosco. Tivemos o privilégio de tocar com gente de altíssimo nível, desde o Manuel João Vieira ao Carlos Barretto, passando por nomes ligados à composição e voz como o João Berhan, a Marta Miranda dos O’queStrada ou a Madalena Palmeirim, até alguns instrumentistas, como por exemplo a Maria do Mar (violinista), ou o Mário Fonseca (pianista). Durante um ano tocámos com gente tão interessante, tão diferente… e nós gostamos muito desse tipo de experiências, gostamos muito destes trabalhos participativos.
Sabendo que a promoção do 1.º álbum de uma banda é sempre complicada, o que esperam alcançar com este 1.º trabalho?
Alguma recepção crítica naturalmente, este trabalho foi o primeiro que editámos e fizemo-lo de forma independente, não temos editora ainda, e este passo era, de certa forma, um esforço natural, porque queremos chegar às pessoas, nós fazemos música para os outros, não só para nós e, portanto, a ideia é que com isto agora consigamos gravar já outras coisas. Este ano vamos continuar a gravar e editar um LP. “Se houvesse vida aqui” é um cartão de visita, uma apresentação, que esperamos que vá criar interesse em comunicação, promoção, etc., etc., para rapidamente estarmos a chegar a mais pessoas.
Sentiram que com as apresentações nas FNAC se conseguiram dar a conhecer?
Sim, fizemos 6 até agora, Almada, Cascais, Oeiras, Baixa-Chiado, Colombo, Alfragide, ainda só fizemos aqui na zona de Lisboa, mas a ideia é também fazer as outras, nós temos concerto marcado para Coimbra, portanto, vamos ver se chegamos às FNAC ali da zona também. Em Abril vamos tocar também no Barreiro (dia 7) e Caldas da Rainha (dia 14).
Como descrevem o vosso público?
Eu acho que são miúdos mesmo pequeninos, que ainda não percebem nada nem das letras, nem de música, mas curtem saltar e dançar, e acho que são velhotes, tivemos imensos velhotes nas FNAC, não sei porquê, mas deve ser porque são concertos gratuitos e eles seguem as agendas da FNAC para se manterem informados. Mas eu acho que a nossa música é mesmo para qualquer pessoa que goste de música, nós não somos indie rock, não estamos na moda, quem gostar de música acho que vai achar piada à nossa.
E que tipo de banda vocês acham que são, mais uma banda de estúdio, de concertos ao ar livre, mais de pequenos auditórios…
Eu imagino-nos mais uma banda de concertos de média dimensão tipo Divine Comedy, acho que não somos uma banda para festival, mas somos definitivamente uma banda que vai pôr a mexer qualquer coisa. As pessoas vão querer dançar, mas vão também querer curtir uma onda mais calma, vão querer emocionar-se, vão querer rir… Não somos uma banda experimental, para públicos fechados e pequenininhos, numa cave não sei aonde, mas também não somos uma banda de festival, acho que somos um sólido in the middle.
Tu já me falaste mais ou menos das vossas influências, mas queres referir mais alguma coisa? Falar de nomes?
Pode ser, eu na minha construção, na minha tradição de infância, ouvi muito os cantautores, do José Mário (Branco), ao Fausto (Bordalo Dias), do Zeca (Afonso), ao Sérgio (Godinho), papei isso tudo, e ainda hoje os oiço muito, daí que para mim a palavra seja tão importante, não necessariamente na lógica da música de intervenção, acho que isso hoje não faz o sentido que fazia na altura, mas na forma como se expressam as coisas, as ideias e as narrativas. A música tem uma existência no tempo, portanto, para mim, é muito importante que haja uma lógica narrativa. Mas isto não esgota, naturalmente, as minhas influências, muito menos as dos outros. Por exemplo, o baixista vem claramente de uma herança mais do funk, o baterista vem mais do rock, os sopros são de tradição clássica, mas como estão muito ligados a Sines têm muitas relações com a chamada música do mundo, com as heranças múltiplas que isso implica. Todas essas várias mesclas fazem o nosso som. Em relação ao nosso som em si, eu acho que podes ter referências para não simão que vão de, por exemplo, Divine Comedy, no que diz respeito às orquestrações e ao cuidado com a palavra dentro da música, a Morphine numa certa pureza ou num certo somber tone, num certo grave que algumas das nossas músicas têm. Em Portugal, por exemplo, podemos reportar a várias bandas que se demarcaram nos anos 90 como Clã ou Ornatos Violeta. Bem, acho que já são nomes que cheguem.
Sei que contam neste disco com uma participação especial. Se fosse certa a aceitação do convite, com que nome gostariam de trabalhar num próximo trabalho?
Outra vez com o Carlos Barretto como no primeiro, gostaríamos também de ter mais amigos nossos, pessoas com quem temos trabalhado e feito algumas parcerias como as do Irreal. Pessoalmente, e se pudéssemos partir para a loucura completa, eu gostava de ter os Snarky Puppy e a Metropole Orkest, por exemplo, uma orquestra inteira a tocar connosco, era uma loucura de certeza, iríamos ter enorme gozo a fazer arranjos e a discutir opções com o maestro, porque nós somos muito chatos, somos muito picuinhas nas nossas composições, focamo-nos muito nos pormenorzinhos, trabalhamos até à exaustão portanto, trabalhar com uma orquestra seria absolutamente genial.
Qual o papel de cada elemento dentro da banda?
(Risos) Não sei se te diga porque isso são relações muito pessoais e diz muito sobre cada um, mas vou fazê-lo de trás para a frente, começando nos sopros, que foram os últimos a chegar e termino comigo. O Marco é um compositor extraordinário, toca trombone, é um musicólogo por excelência, tem uma capacidade de compreender progressões e linhas melódicas, acordes e harmonias como poucos que conheço, é um tipo que trabalha com o Rodrigo Leão por exemplo, muito sério, mesmo muito estruturado. À Raquel, sendo a única presença feminina na banda, cabe-lhe um papel extraordinário de harmonia e apaziguamento, 4 gajos juntos são sempre um desastre. Para além do óbvio e excelente contributo musical, o contributo pessoal da calma e da harmonia que ela oferece à banda é extraordinário. O Zé, o baterista, é dos gajos mais cuidados a dissecar pormenores na banda, portanto, perdemos às vezes horas com 15 segundos de música até aquilo ficar resolvido, ele é muito exigente, é simultaneamente também o tipo que, conhecendo muita gente, contribui imenso para a dinâmica da banda nas tais colaborações que tanto prezamos. O Petrus, o baixista, é definitivamente “o pai”, o paizinho da banda, é um granda maluco, não é de todo o paizinho chato, mas é definitivamente a quem me parece que, em última análise, nós fazemos uma certa reverência, além de ser também um compositor extraordinário. As linhas de baixo do Petrus são das coisas mais bonitas que temos. Quanto ao meu papel, acho que é só mesmo fazer umas canções de vez em quando, trazer as coisas ao pessoal, e dizer que estou muito entusiasmado “curtam lá esta cena” e depois esperar que eles gostem e que a gente possa trabalhar com aquilo.
Falando na tua actividade profissional, tu tens outra actividade para além da música?
Sim, sou investigador, a minha formação na verdade é Belas-Artes, sou investigador científico, fiz licenciatura, mestrado, doutoramento, etc., etc., tudo ligado à área das artes visuais e gosto muito dessa área também, não é propriamente um ganha-pão garantido, aliás, de todo, mas eu não me via a fazer outra coisa que não música e investigação teórico-prática em pintura, que é o que faço também.
E os outros elementos da banda?
Há de tudo um pouco, desde performance, educação, advocacia, arquitectura, ser pai também já é uma “profissão” do caraças, há mesmo de tudo felizmente.
Nesta área da música ou noutras, têm algum sonho impossível que gostassem de ver realizado?
Tem mesmo de ser impossível? Eu nunca pensei nisso. Impossível…. Pegando na tua última pergunta e juntando a esta, há na banda ainda um poeta – o baterista – e sendo a palavra tão importante para nós, eu gostava que, em termos de sonhos impossíveis não simão tivesse, eventualmente, um reconhecimento musical, aliado a um reconhecimento de texto que implicasse, porque não, a tradução das letras de não simão para outras línguas. Isto é, que quando fossemos tocar a Inglaterra, tocássemos não simão em inglês, com boas traduções, isso parece-me impossível assim de repente. Se reparares, há textos maravilhosos traduzidos em muitas línguas, aliás, toda a literatura é traduzida de trás para a frente, desde o grego antigo até à futura língua que existir em Marte, tudo na literatura é traduzido. A música, na sua expressão da palavra, também já é reconhecida ao nível da literatura, senão não tínhamos tido o exemplo do Bob Dylan na atribuição do Nobel da literatura, no entanto não é comum que se pegue num texto de Bob Dylan e se o traduza para português musicando-o. Porquê? Porque não? Pergunto! Não é nada comum que a palavra na música seja traduzida, talvez porque implique uma dificuldade acrescida ligada à métrica e ao encaixe dessa métrica nos tempos das músicas. Acho que seria um projecto muito interessante traduzir a literatura ligada à música, mantendo a música como ela é, ou reinterpretando a música, especialmente numa altura em que se fala tanto de plágio e coisas do género, seria interessante ver até onde vão essas fronteiras.
Como vês as actuais polémicas em torno dos eventuais plágios do Festival da Canção?
Eu acho que o plágio, o termo e o conceito é fundamental para nos proteger dos roubos, isto é, se eu me sentir roubado devo ter à disposição o equipamento que me permita defender-me, sabemos que no passado houve má intenção, por vezes, e ocorreram usurpações de determinados textos ou composições.
Há várias coisas que se podem fazer na música de uma forma relativamente fácil: copiar, mimetizar, homenagear, plagiar, e cada um destes verbos deve ser interpretado e ser respeitado de forma diferente. Eu não sei qual era a intenção do Diogo Piçarra, ou da Isaura, mas sei que se quem foi usurpado não se sentir vilipendiado com isso e se a pessoa que escreveu essa canção até disser “mas claro que foi, isto é baseado naquilo”, isto parece-me não só legítimo, como louvável. Nós não podemos viver na ideia romântica de que cada vez que há uma canção nova, uma pintura nova, ou um desenho novo, ele é verdadeiramente novo e exclusivo, esse novo com um N grande é das coisas mais difíceis de se conseguir e por isso é que tu vês em toda a história da arte tantos e tantos movimentos que vão sobrepondo camadas, reinterpretando. O Renascimento reporta-se ao Classicismo e faz questão de o fazer, e nós sempre estivemos assim numa construção de conteúdos sobre conteúdos. No jazz há uma enorme assimilação de outros conteúdos que é assumida e clara e isso é louvável. Qual é o caso particular de quem ganhou o Festival da Canção ou o do outro que foi acusado de plágio não sei, prefiro aliás não me manifestar, porque a verdade é que muitas vezes as polémicas nem são criadas por quem está envolvido, nem merecem tanta atenção quanto se lhes é dada, as polémicas também servem muito para vender mais, pretendem criar um conflito que chama a atenção. Há uma certa curiosidade mórbida em todos nós, cada vez que há sangue nós abrandamos na autoestrada e infelizmente. Devia aproveitar-se estas polémicas para se estudarem um bocadinho mais as músicas, falar-se sobre o que é um acorde maior e um acorde menor, qual é o tom, etc; acho que seria muito interessante para se aprender a perceber se realmente são colagens, se a letra é a mesma, uma tradução ou não…
«Numitércia» é o 2º single deste disco que estão agora a promover. Porquê este nome? Conhecem alguém com um nome assim ou como é que vos surgiu?
Não, não conhecemos, a Numitércia é uma figura metafísica, mística, inventada, não sei se existe o nome nos registos, mas é um nome que soa a extraordinariamente verdadeiro e isso interessa-me, se eu te dissesse que tinha uma avó chamada Numitércia tu provavelmente acreditavas, achavas que era um nome estranho, que nunca tinhas ouvido, mas soa a português e eu acho muita piada a isso.
Mas como é que surgiu?
Não faço a mínima ideia, não faço a mais pálida ideia, confesso-te que não me lembro mesmo, podia inventar uma enorme história fantástica e sublime sobre um sonho que tive…
Mas a «Numitércia» teve outros nomes?
Não, a «Numitércia» foi Numitércia desde o primeiro momento e desde o primeiro acorde, eu lembro-me do acorde, sei qual é, digo Numitércia e o acorde vai progredindo, sempre foi assim e nunca teve hipótese de ser outra pessoa, nunca lhe demos essa chance. A história da Numitércia é uma história que me parece também relacionável, embora da ordem do fantástico, na letra é dito que há uma coisa óbvia, mas nunca se chega a descrever o quê. Eu gosto muito destes jogos, do que é óbvio e do que é verdade, do que não é óbvio e do que não é verdade, e a «Numitércia» parece-me um extraordinário exemplo disso no sentido em que a letra conta uma história muito singela, mas que deixa algumas dúvidas. O que conseguimos fazer com o vídeo traduz isso mesmo, a meu ver, também muito bem, o vídeo é todo ele absolutamente verdadeiro, são imagens de 9,5 mm dos anos 30 e 40 portugueses, de uma família portuguesa. A edição que fiz pretende que aches que a Numitércia é uma, ou duas, ou três daquelas personagens e, portanto, que fiques na dúvida, “se calhar existiu mesmo, bem se calhar existiu mesmo!” Agora no fim eu digo-te que sim, a Numitércia existiu, era da minha família, e tu não podes saber se o é, e é isso que eu gosto!
Como surgiu a questão do vídeo?
Aquilo é na verdade espólio da minha família, a minha mãe encontrou fitas de 9,5mm em casa da minha avó, levou ao Museu de Imagem em Movimento em Leiria, eu creio que foi lá que eles começaram a analisar as fitas e depois foram digitalizadas na Cinemateca. Eu tive acesso às fitas depois, já em formato digital, e montei, criando uma história paralela à da letra, mas que me parece que se tocam em vários momentos. Estes filmes são efectivamente antigos, a vida familiar é totalmente verdadeira, mas aqui serve um segundo propósito, uma leitura narrativa fictícia que tem a ver com o texto da «Numitércia».
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