“O Voluntário de Auschwitz” | Capitão Witold Pilecki
Um documento histórico fundamental
No texto de apresentação de “O Voluntário de Auschwitz” (Vogais, 2013), o Historiador e Membro da Academia Britânica Norman Davies diz o seguinte: «Os equívocos relativamente à Segunda Guerra Mundial parecem não ter fim.» Isto, a propósito da ideia de que o conflito na Europa apenas tenha envolvido um regime maléfico, neste caso o Terceiro Reich de Adolf Hitler quando, em paralelo, crescia na União Soviética de Estaline um regime dominado por criminosos e assassinos em massa.
Witold Pilecki, capitão do Exército do Estado clandestino polaco, sentiu isso na pele. Depois de ter escapado à morte pelas mãos dos alemães, acabou liquidado pelo regime comunista que se havia instalado na Polónia ao serviço de Estaline. Antes disso, Pilecki tomou em mãos uma missão com tanto de suicida como de corajoso: voluntariar-se para ser preso em Auschwitz e, dessa forma, relatar os horrores ali praticados pelo Terceiro Reich. “O Voluntário de Auschwitz”, agora publicado em livro, é o seu relatório mais extenso, completado em 1945 no exílio, abrangendo o período inicial do campo até à fuga de Pilecki.
O livro, repleto de algumas revelações extraordinárias, lê-se como um documento histórico fundamental, revelando um herói até agora desconhecido e que merece ser recordado pelo sentido de missão a que se entregou.
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