Something STILL Uncaptured
este fim de semana no Teatro do Bairro
Coreografia e direcção artística da responsabilidade da coreografa e bailarina Maria Ramos.
Quando estudei o trabalho do escultor Antony Gormley, interessaram-me dois princípios usados em escultura: ‘a imobilidade pode exprimir o seu oposto’ e ‘a melhor maneira de impulsionar movimento é fazê-lo através de um objecto estático’. Gormley refere-se a estes dois princípios como os ‘paradoxos existentes em escultura’. Paradoxos que reconheço quando coreografo. Para criar movimento, considero primeiro o espaço ‘vazio’ e nele, o ‘corpo’, num certo grau de imobilidade.
Em ‘Something STILL Uncaptured’ abordo o ‘espaço’ como um corpo e simultaneamente procuro reflectir sobre o ‘corpo’ enquanto lugar e enquanto ‘objecto’ escultórico. Uso a iluminação e o espaço cénico como elementos dramatúrgicos intrínsecos à construção da peça.
Este trabalho não tem uma narrativa. É uma sucessão de acontecimentos construída como uma paisagem em acção: eco reverberação frequência, ‘Something STILL Uncaptured’.
Maria Ramos
Maria Ramos, coreógrafa e bailarina baseada em Lisboa, desenvolve o seu trabalho coreográfico em Portugal desde 2009. Fez a sua formação na Hogeschool voor de Kunsten Arnhem – EDDC (2000); Fórum Dança – Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica (2004); mestrado em coreografia ‘ArtEZ Master of Choreography’ no ArtEZ Institute of the Arts (2008). Trabalha desde 1995 como bailarina em Portugal, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Escócia e EUA, destacando mais recentemente as produções dirigidas pelo coreógrafo / director Angus Balbernie (UK).
Paralelamente, em 2006 começa a desenvolver o projecto de pesquisa e criação coreográfica ‘Um Certo Grau de Imobilidade’. ‘Something STILL Uncaptured’ é a última peça desta trilogia.
17,18 e 19 de Outubro às 21h no Teatro do Bairro
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