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Bike Polo

Urban experience on wheels.

Não montam cavalos, mas dominam bicicletas. Não é uma modalidade de elite nem é uma modalidade praticada por nobres que se vestem com roupas de marca. Usam chapéus de ciclista, vestem t-shirts, calções e em alguns casos capacete. São dotados de pernas treinadas, uma enorme adrenalina, e muita vontade de voltarem a brincar como quando eram miúdos, são os apaixonados do Bike Polo.

De origem Irlandesa e com mais de 100 anos, o Bike Polo foi criado pelo antigo ciclista Richard J. McCreadye. O desenvolvimento deste novo desporto demorou algum tempo, mas a pouco e pouco foi ganhando fãs além-fronteiras, nomeadamente no Reino Unido, França, Estados Unidos da América, na Índia (com grande tradição em Pólo tradicional) e até mesmo no Japão. Hoje em dia, os adeptos ganharam mais expressão, e podemos encontrá-los nos grandes centros urbanos Europeus e Norte-Americanos.

Os praticantes de Bike Polo encontram-se em espaços ao ar livre com as suas bicicletas fixed gear personalizadas, que não deixam indiferentes os olhares dos que por eles passam. Sem os habituais travões no volante, porque o sistema de travagem destas bicicletas está nos pedais – pedala-se no sentido inverso para travar e controlar a velocidade – é-lhes permitido ter as mãos livres de modo a que uma segure o volante e a outra o taco. Por outro lado, os tacos que utilizam são também muito originais, construídos por eles próprios usando bastões de ski e na ponta tem incorporado um pedaço de pvc.

Os encontros são organizados graças ao passa-palavra e as regras do jogo são simples: equipa de três jogadores, duas balizas, um campo rectangular, uma bola e ganha quem consegue marcar mais golos na baliza adversária. Os locais utilizados são amplos, de superfícies lisas, onde as rodas e as bolas deslizem sem qualquer tipo obstáculos. As balizas são marcadas por dois cones e devem ter um distanciamento do centro campo de cinquenta metros. Só se pode marcar golo através de uma “tacada” e a bola não pode ser tocada pelos pés, nem os mesmos podem ser apoiados no chão. Se isso acontecer o jogador deve retirar-se até à linha de fundo do campo, tocar em um dos cones com o taco e voltar a entrar em campo.

Bola ao centro, as duas equipas frente a frente, posicionadas atrás da sua própria baliza e…. três, dois, um, jogo!!

Os jogadores pedalam e disputam a primeira jogada, o contacto neste desporto é consentido somente com os tacos, bicicleta com bicicleta e corpo-a-corpo. No Bike Polo não existem árbitros, tudo é baseado na honestidade e fair-play dos participantes. Estes devem evitar jogadas muito agressivas, que possam pôr em risco fisicamente os outros jogadores, assim como atravessar o taco por entre as rodas da bicicleta do adversário.

Mas se as regras são fáceis, já o perigo é real, pois até os mais experientes caiem durante os jogos. Para praticar este desporto é necessária muita habilidade como ciclista, ter espírito competitivo, equilíbrio e boa coordenação de movimentos, bem como ter muita força nas pernas e bastante precisão… Estes são alguns dos requisitos indispensáveis para a prática deste desporto.

O contexto urbano é o actual habitat do Bike Polo, que se mistura com a já conhecida Bike Street Culture. Maioritariamente jogado por homens entre os vinte e os trinta anos, esta tendência emergente tende agora a ganhar popularidade junto de praticantes do sexo feminino. Posto isto só nos resta dizer: Ride the street on your wheels and score a goal.



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