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“Freak Out”

Pintura e desenho de Ricardo Angélico. De 19 de Janeiro a 2 de Março 2013, na Carlos Carvalho Arte Contemporânea

A Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea inaugura no próximo dia 19 de Janeiro pelas 17h30, a exposição “Freak Out” de Ricardo Angélico, patente até ao dia 2 de Março.

A mais recente série de desenhos e pinturas do artista é apresentada nesta exposição, onde se pode observar o banco de registos fisionómicos elaborado por Ricardo Angélico. Tratam-se de aproximações biográficas, de sobreposições de figuras notáveis de áreas culturais distintas que constituem um processo desenvolvido por Francis Galton no século XIX: processo que reflecte o tipo de educação, de experiências e de vivências da geração em que cada indivíduo se insere. Através deste sistema de valoração, Ricardo Angélico retém os traços fisionómicos do conjunto específico de personalidades que escolheu para criar as suas obras e, desta forma, elaborar o seu próprio quadro de notáveis.

Assim, recorre ao desenho e à condição subjectiva desta actividade com o objectivo de estabelecer aproximações ao nível do plano físico e do plano imaterial, desafiando o espectador à criação de novas personagens, novas figuras para além daquelas que vê e consegue identificar. É um jogo de descoberta e ocultação, onde se desvanece o sentido único do retrato individual.

Não sendo exclusivo desta série, grande parte do trabalho do artista recorre à desconstrução como janela de observação e a formação de um novo conhecimento, privado de ideias e conceitos pré-concebidos. Por isso, cria uma rede de fios narrativos com multiplicações e sobreposições de fragmentos retirados do seu contexto original. Envolvida numa estratégia ficcionada e com referências literárias e cinematográficas, esta rede pretende reflectir sobre as novas formas de representação, em que para o artista a superfície da obra converte-se num conjunto de referências e de índices descontextualizados que, ligados a universos diferentes, definem um discurso a partir das suas relações – a prova de que a capacidade de colocar linguagens de origens dissímeis numa superfície bidimensional, proporciona o contacto entre os diversos elementos e a criação de outros pontos de vista.

Este é o “Freak Out” de Ricardo Angélico. E o teu, qual é?

Biografia

Ricardo Angélico nasceu em Angola em 1973. Das suas exposições individuais destacam-se There will be no safety zone e The Aronburg Mystery (galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal, 2011 e 2008), Caro Jünger/Caro Nabokov (Museu Nacional de História Natural, Lisboa, Portugal, 2004) e Museu de Cera – Imagens da Colecção Christian D. Karloff (Fundação D. Luís, Cascais, Portugal, 2003). Em relação às suas exposições colectivas poderemos referir as realizadas na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Almada, Portugal (O Desenho Dito, 2008), no Centro de Arte Manuel de Brito (À Volta do Papel, 2008) e Culturgest, Lisboa, Portugal (V Prémio Fidelidade Jovens Pintores, Lisboa, Portugal). Está representado nas colecções Caixa Geral de Depósitos, Lisboa, Fundação D. Luís I, Cascais, Fundação PLMJ, Lisboa e Centro de Arte Manuel de Brito, Algés.



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