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Indie Talents Musicbox: Manila

Conheçam as bandas que vão passar pela etapa do Indie Talents no Musicbox.

O Indie Talents, prepara-se para a sua etapa lisboeta, que terá lugar no próximo dia 21 no Musicbox. Para além dos Daisy Capital Hotel que, como banda convidada irá abrir a noite, serão quatro as bandas que irão actuar, com o Indie Music Fest em Setembro no horizonte. Em jeito de antecipação falámos com cada uma das quatro, a quem colocámos o mesmo conjunto de 9 perguntas. Uma forma de ficarem a conhecer melhor cada uma delas, antes de subirem ao palco da sala da Rua Nova do Carvalho. Fiquem a saber um pouco mais sobre Zé Vargas, Momma T, Manila e Quase Nicolau.

Eis os Manila!

RDB: Como nasceu o projeto e que caminho foi percorrido até aqui?
Manila (M): O projeto nasceu na Escola de Jazz HCP, quando o Gerard desafiou o Osa e a Carmo a começar um projeto a três (voz, teclas e baixo) mas só nos tornámos uma verdadeira banda, um ano depois, quando o Zé aceitou ser nosso baterista, ficando o grupo completo no final de 2023, com a entrada do Serra como nosso guitarrista.

RDB: Quais as maiores influências na vossa sonoridade?
M: Nós achamos que uma das coisas que nos distingue é mesmo a variedade de influências de cada um.
A Carmo cresceu a ouvir Bossa Nova, Rita Lee, Mafalda Veiga, Xutos, Rui Veloso e muito pop early 2000’s. São artistas e estilos que influênciam bastante as melodias de voz e as letras. O Serra venera o David Gilmour e o John Frusciante mas adora tudo o que o Max Martin compõe. O seu estilo é influenciado por melodias orelhudas que nos deixam a cantar frases de guitarra. As maiores influências do Gerard foram a música disco, soul e jazz, mas também bandas portuguesas como Ornatos Violeta. O Zé gosta de um leque abrangente de estilos, mas recentemente tem ouvido mais jazz e jazz fusao, tendo uma obsessão recente com Steely Dan. O Osa desde cedo que ouve muito rock progressivo e  como Tool, King Crimson, porcupine tree, apaixonado por Pink Floyd, como também bandas de  jazz fusion como Snarky Puppy e muita música eletrónica psicadélica. Um pouco de tudo isto pode-se ouvir nos MANILA.

RDB: O que vos inspira quando começam a criar canções?
M: As nossas canções nascem quase sempre de uns acordes ou linhas criadas pelo Gerard, Osa ou Serra, depois a Carmo pega nessa base, normalmente sozinha, e escreve a letra e melodia de uma forma inicialmente improvisada (metendo “a gravar” desde a primeira vez que ouve o que lhe enviaram). Os temas saem naturalmente e depois são talhados a partir daí, por isso a inspiração é o estado de espírito de cada um no momento da criação.

RDB: Há alguma história curiosa por trás de alguma das canções, por exemplo?
M: «a mulher» é talvez a nossa canção mais antiga, escrita quando éramos só três, mas também a última canção a ficar completa no nosso EP “Domingo à tarde.” Foi escrita muito rápido, depois de uma entrevista de trabalho que eu (Carmo) tive, em que me disseram que queriam alguém que estivesse disposto a dar tudo, a trabalhar muito, que fosse criativo, mas que também se encaixa na cultura “humilde” da empresa. Fiquei um bocado irritada com tudo isto, confesso, hoje em dia temos de ser muitas coisas ao mesmo tempo, e é isso que leva ao burn out. Escrevi da minha perspectiva como mulher, mas já tive estudantes universitários homens a dizerem-me que se identificam com a música, o que me deixa muito contente.

RDB: Como é que chegaram ao Indie Talents?
M: Nós já conhecíamos o festival e tínhamos entrado em contacto para tocar talvez num dos palcos mais pequenos, mas desafiaram-nos a concorrer ao concurso, e aqui estamos!

RDB: Num meio cada vez mais exigente e duro, que importância acham/achas que estas iniciativas têm para projetos emergentes?
M: Eu acho que é importante ir passando a mensagem de que há espaço para todos no mundo da música e das artes. Às vezes pode parecer que não, que só “x tipo banda” ou “x tipo de artista” tem público em Portugal ou que já há projetos suficientes. Acho que este tipo de iniciativas servem exatamente para mostrar que há espaço e música para todos.

RDB: Há alguma banda do alinhamento com quem já tenham cruzado caminhos ou que estejam curiosos para ver ao vivo?
M: Estamos curiosos para ver a Momma T! Gostamos muito do single que ela lançou recentemente e adoramos a vibe dela.

RDB: Onde gostariam de levar a vossa música a seguir? Algum palco de sonho?
M: Paredes, claro!

RDB: Se pudessem escolher uma colaboração nacional ou internacional, com quem seria?
M: B Fachada, Slow J, tantos…

Conheçam também a Momma T, Zé Vargas e Quase Nicolau.



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