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Indie Talents Musicbox: Zé Vargas

Conheçam as bandas que vão passar pela etapa do Indie Talents no Musicbox.

O Indie Talents, prepara-se para a sua etapa lisboeta, que terá lugar no próximo dia 21 no Musicbox. Para além dos Daisy Capital Hotel que, como banda convidada irá abrir a noite, serão quatro as bandas que irão actuar, com o Indie Music Fest em Setembro no horizonte. Em jeito de antecipação falámos com cada uma das quatro, a quem colocámos o mesmo conjunto de 9 perguntas. Uma forma de ficarem a conhecer melhor cada uma delas, antes de subirem ao palco da sala da Rua Nova do Carvalho. Fiquem a saber um pouco mais sobre Zé Vargas, Momma T, Manila e Quase Nicolau.

Eis Zé Vargas!

RDB: Como nasceu o projeto e que caminho foi percorrido até aqui?
Zé Vargas (ZV): Este projeto nasceu da vontade de criar música que fosse autêntica, o meu espaço de expressão. O caminho até aqui tem sido uma construção contínua, experimentar, errar, aprender e refinar. Começou como algo mais descomprometido, mas ao longo do tempo, a identidade musical foi ganhando forma e a sonoridade tornou-se mais coesa.

RDB: Quais as maiores influências na tua sonoridade?
ZV: A sonoridade tem muitas camadas, mas há sempre uma base que mistura elementos da música pop, rock e até algumas influências do indie e da música lusófona. Artistas como John Mayer, Fleetwood Mac ou Rui Veloso influenciaram a forma de compor e interpretar. 

RDB: O que te inspira quando começam a criar canções?

ZV: A inspiração pode surgir de qualquer detalhe, uma conversa, uma memória, um som, ou até uma imagem. Muitas vezes, há um conceito ou uma ideia que fica a pairar na cabeça e que, de repente, faz sentido musicalmente. Outras vezes, a música nasce primeiro e só depois surge a história que se encaixa nela. O objetivo é sempre criar algo que seja real, que tenha significado e que toque as pessoas de alguma forma.

RDB: Há alguma história curiosa por trás de alguma das canções, por exemplo?
ZV: Nas minhas canções tento sempre contar uma história ou passar uma mensagem.
«Palpites» nasceu de um certo cansaço em relação aos comentários nas redes sociais, onde se percebe claramente que há trolls ou pessoas que colocam a própria opinião acima dos factos. Por exemplo, quando se está a discutir com matemática já nada faz sentido, percebemos que já não vale a pena insistir. A música reflete esse sentimento de frustração e ironia perante a forma como hoje em dia se debate (ou deixa de se debater) online.

RDB: Como é que chegaste ao Indie Talents?
ZV: A chegada ao Indie Talents aconteceu naturalmente, como parte deste caminho de levar a música a mais pessoas. Há um foco em encontrar espaços onde a música possa viver e crescer, e este tipo de iniciativa é uma excelente oportunidade para isso. Felizmente, a candidatura foi bem recebida e aqui estamos.

RDB: Num meio cada vez mais exigente e duro, que importância achas que estas iniciativas têm para projetos emergentes?
ZV: São fundamentais. Hoje em dia, a música está mais acessível do que nunca, mas isso também significa que há uma enorme quantidade de artistas a tentar encontrar o seu espaço. Iniciativas como o Indie Talents dão palco a quem está a construir a sua identidade e ajudam a conectar músicos com um público que realmente se interessa pela descoberta de novos projetos.

RDB: Há alguma banda do alinhamento com quem já tenham cruzado caminhos ou que estejam curiosos para ver ao vivo?
ZV: Ainda não houve cruzamentos diretos no sentido de ver ao vivo, mas já conhecia a Momma T por produzir no mesmo estúdio onde estava na altura a produzir “Francisca” com o Ned Flanger. Mas há sempre curiosidade em conhecer novos artistas e perceber o que se está a fazer dentro da cena independente. É sempre interessante ver como cada projeto interpreta a sua música e encontrar afinidades musicais.

RDB: Onde gostarias de levar a tua música a seguir? Algum palco de sonho?
ZV: O objetivo é levar a música o mais longe possível, sem perder a essência. Há vários palcos que seriam incríveis de pisar, em Portugal, Paredes de Coura ou Coliseu, são palcos que consagraram vários artistas.

RDB: Se pudesses escolher uma colaboração nacional ou internacional, com quem seria?
ZV: A nível nacional, seria incrível colaborar com Rui Veloso, não só pela história que ele tem na música portuguesa, mas também pelo impacto que teve na forma de compor e tocar guitarra. Internacionalmente, John Mayer seria uma escolha óbvia, porque há uma grande admiração pelo detalhe e feeling que ele coloca em cada canção.

Conheçam também a Momma T, Manila e Quase Nicolau.



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