Kobo Mini
Pequenino mas rabino
Desde que a Amazon se lembrou de inventar o Kindle, o mundo dos livros não mais foi o mesmo. Não porque a ameaça da extinção do papel se tenha tornado maior, mas antes porque a competição pela maior fatia do mercado dos livros digitais – ou ebooks – ganhou o ar de uma batalha estelar de dimensões à escala da guerra das estrelas.
Recentemente, a Fnac portuguesa disponibilizou no seu site mais de 3 milhões de ebooks, em cerca de 60 línguas, dos quais mais de 5000 são em língua portuguesa. À semelhança do que foi feito em terras francesas, estabeleceu-se uma parceria com a empresa canadiana Kobo, especializada em ebooks e dispositivos electrónicos de leitura. O Kobo Touch, o primeiro dos ereaders lançado em Portugal e um exclusivo da Fnac, foi considerado pela revista Wired o melhor ereader de 2012, deixando para trás leitores como o Nook, o Kindle ou o Sony Reader.
O preço dos ebooks acaba por não ser um factor de grande diferenciação em relação à concorrência mas, a relação dois em um entre o conteúdo e o equipamento, bem como o acesso a um catálogo cada vez maior, fazem do Kobo um feroz concorrente pelo domínio do mercado dos ereaders em Portugal. Quanto maior o número de leitores vendidos, mais extenso ficará o catálogo.
A RDB testou o Kobo Mini e, em termos gerais, a nota é bastante positiva. É pequeno, levezinho, permite a conectividade wi-fi e oferece um ecrã táctil com alguma aspereza, que será o mais parecido que podem encontrar a ler um livro em papel. A compra e o armazenamento de livros e revistas é bastante simples, permitindo guardar até cerca de 1000 exemplares (o que poderá ser aumentado com a expansão da memória). É razão para se dizer que é pequenino mas muito rabino.
Os mais
– O design espartano, que por vezes nos dá a ilusão de estarmos a segurar um livro de papel. De bolso;
– Rápido no virar de páginas;
– O menu de estatísticas é muito engraçado, permitindo traçar um auto-perfil e perceber onde é que temos andado metidos;
– O ecrã com tecnologia e-ink permite ler até mesmo debaixo de um sol abrasador ou com a companhia de um candeeiro de secretária. Não há aqui reflexos;
– A compatibilidade com o formato de ebooks usado pela LeyaOnline e pela Wook, faz com que todos os livros digitais vendidos nestas lojas possam também ser lidos no Kobo.
Os menos
– É impressão nossa ou o Kobo não tem um dicionário Português-Português, ou português-outra língua?
– Mostrar o preço apenas depois da opção “comprar já” não faz muito sentido.
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