Maximo Park @ TMN Ao Vivo (11.10.2012)
Dar o máximo
Se os Maximo Park ainda fossem relevantes, provavelmente ainda saberíamos que os Futureheads existem, os Franz Ferdinand editariam em 2013 um dos mais esperados discos do ano, Ricky Wilson não precisaria de fazer rappel para ganhar um concerto, os Strokes ainda dariam concertos com mais de uma hora e os White Stripes ainda existiriam. Os Maximo Park já não são relevantes, mesmo que a relevância no caso dos Maximo Park se resumisse (pelo menos em Portugal) a um assinalável culto. Quando chegamos à TMN ao Vivo percebemos que estará menos de meia casa para receber os britânicos de “Apply Some Preasure”. Quando ouvimos as primeiras notas já sabemos que estarão pouco mais de uma centena de pessoas na sala do Cais do Sodré – sim, esta malta cabia toda no Musicbox, ali ao lado.
Mas o primeiro parágrafo desta reportagem não chegaria para desmotivar o carismático Paul Smith e seus compinchas. Já não é o momento da segunda (terceira? quarta?) vaga da pop britânica (ou britpop), mas se o concerto não correu bem não foi por falta de motivação da banda – que deu o máximo. O concerto não correu bem porque, para além de a plateia ser escassa em número, também o foi em entusiasmo.
As canções desfilaram umas atrás das outras, quase sem paragens – excepção para a apresentação de «Write This Down», em português directamente da boca de uma fã, a convite do próprio Smith. São muitas e percorrem os quatro álbuns da banda de Newcastle que, em 2005, ofereceu um concerto bem mais caloroso no espaço alternativo do Sudoeste, na altura em topo de forma.
Um dia, sem surpresas, somos bem capazes de nos deparar com a notícia: “Maximo Park chegam ao fim”. Entretanto, esta malta vai fazendo jus ao nome dando sempre o máximo… É o mínimo.
Fotografia por Manuel Casanova.
There are no comments
Add yoursTem de iniciar a sessão para publicar um comentário.
Artigos Relacionados