O Tigre e a Neve
Amor em tempos de guerra.
Roberto Benigni volta a fazer-nos rir e chorar ao mesmo tempo.
Desta vez é Attilio De Giovanni, um poeta apaixonado. Com o exagero típico dos poetas e dos apaixonados, faz tudo pela sua amada. Se a isto ainda juntarmos o jeito desastrado de Benigni, temos a mais doce das combinações.
Professor de poesia, Attilio ensina os alunos a pensar livremente, mas é, no entanto, cativo de um amor não correspondido. Sentimento que o domina de tal forma que faz com que abandone tudo, rumo a um Iraque em plena guerra, quando recebe a notícia que a sua amada, Vittoria, sofreu um acidente em Bagdad estando entre a vida e a morte.
No meio de uma guerra prepotente, com a mulher dos seus sonhos na cama de um hospital onde nem uma Aspirina há, Attilio não perde o humor nem a alegria de viver, lutando desajeitadamente pela vida de Vittoria de mata-moscas em punho!
Mostrando uma Bagdad onde tudo é ostracizado menos o amor, sente-se um espírito crítico a ambos os lados da guerrilha. Mostra-se um exército americano quase ridículo, fala-se num Saddam Hussein “pouco aberto a espíritos livres”, apela-se à unidade, a um Deus único, com Attilio rezando a Alá uma oração Católica.
Após o estrondoso sucesso de “La Vita è Bella”, em 1998, e um irrelevante “Pinocchio” em 2002, Benigni volta a tocar num assunto sério.
“O Tigre e a Neve” é uma comédia mordaz com uma excepcional interpretação do próprio Roberto Benigni. O elenco conta ainda com Jean Reno, Nicoletta Brashi e Tom Waits.
“O amor é o mais revolucionário dos sentimentos”, diz-nos o poeta.
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