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Primavera Sound Porto entre o entusiasmo dos “sons contemporâneos” e os “fan favourites”

Festival volta à cidade do Porto com nomes sonantes como Charlie XCX, Caribou, Fountaines D.C, Central Cee, Deftones, Beach House, Jamie XX ou Parcels.

Pode até parecer que foi “ontem”, mas o Primavera Sound já se passeia pelo Porto desde 2012. E, para esta 12.ª edição (é melhor não fazerem contas… pandemia, anyone?), promete fazer novamente da Invicta a capital do trendsetting musical, nem que seja por quatro dias. 

As novidades começam já por aí: este ano o festival vai ter mais um dia do que o habitual, com o quarto dia, domingo, a ser uma espécie de “festa de encerramento” inteiramente dedicada à música eletrónica. Pelo caminho, tudo será feito para trazer aos diferentes palcos “os mais entusiasmantes sons contemporâneos”, garante a organização. 

Mas vamos por partes. Uma das principais estrelas desta edição entra logo a arrancar o festival: Charlie XCX até pode já ter passado pela vizinha Barcelona, mas ainda não tinha atuado na versão do festival que troca os “vs” pelos “bs”. Vai ser desta, num dos concertos mais esperados de sempre – ou não estivesse a artista de “Brat” fresquinha de sair de uma atuação triunfante no icónico Coachella. 

Uma noite de estreia por terras lusas para a britânica que tem marcado o passo da pop atual chega para encabeçar um cartaz, mas não para encher um dia. Nesse “campeonato” o festival conta com outros nomes a abrilhantar o primeiro dia, como os não menos esperados Anohni and the Johnsons, Caribou ou Fontaines D.C., tudo nomes acarinhados pelo público português e com provas dadas por cá.  

No dia seguinte, voltamos a ter um cabeça de cartaz britânico, desta feita o rapper Central Cee, que vem apresentar “Can’t Rush Greatness”, acabadinho de estrear, mas também os êxitos que o levaram aos principais tops internacionais ainda muito jovem, como “Day in the Life” ou “Loading”. Mas, como sempre acontece no Primavera Sound, não nos ficamos apenas por um estilo no dia, e quem gostar menos de rap, pode sempre ouvir os veteranos Deftones, por exemplo, ou ficar-se pelo dream pop dos Beach House, duas bandas norte-americanas que já passaram mais do que uma vez por cá, com sucesso garantido em palcos lusos. Não está ainda convencido/a? Talvez se for fã de Big Little Lies queira, então, ouvir Michael Kiwanuka… ou prefira não arriscar e ir pelos clássicos Tv on the Radio… ou voltar novamente ao rap, desta feita da Flórida, com o Denzel Curry… Se tudo o resto falhar, garantimos que não fica nada mal servido se decidir ouvir a portuguesa A Garota Não, por exemplo. Nós certamente lá estaremos na primeira fila. 

Chegados ao terceiro – e não derradeiro – dia de festival, quem mais brilha é Jamie XX, outro “fan favourite” que também já quase podia chamar ao Parque da Cidade a sua segunda casa. Pronto, exageramos, mas bem nos lembramos de ver The XX ao vivo por lá e chorar… A solo a coisa é mais divertida, mas não menos melódica, pelo que voltamos a ter mais um cabeça de cartaz sonante neste pseudo-último dia. 

E vem bem acompanhado: as irmãs Haim vão, certamente, ser veneradas em palco, os Parcels também devem ter receção similar (sabemos de fonte segura que há muita gente a comprar bilhete só para ver estes australianos disfarçados de europeus noutro festival que não seja o Alive), o punk também vai voltar com os Turnstile e Wet Leg… bem, Wet Leg é Wet Leg e funciona como peixe na água no festival dos indies. 

Os portugueses terminam também em força a sua participação no festival deste ano, com nomes imperdíveis como David Bruno, David Bruno e David Bruno… Estamos a brincar. Há David Bruno, mas também há Eu.Clides, Capitão Fausto ou Maria Reis. É só escolher! 

Ao todo, e como já vem sendo apanágio do certame, o Primavera Sound tem mais de 50 artistas no line-up, com escolhas para todos os gostos musicais: quem gosta de pop vai encher bem os ouvidos, quem prefere indie não se vai desiludir, quem é mais esquisito e quer música de “nicho” também vai ter, certamente, “hidden gems” no cartaz e, por último, quem for à aventura vai ficar, igualmente, bem servido. Tudo para conferir no sítio do costume – o Parque da Cidade, “queimódromo” para os amigos – entre os dias 12 e 15 de junho.

Vemo-nos por lá?



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