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Black Leather

“Há que aproveitar os últimos cartuchos do capitalismo selvagem!”

O parto começou em 2009, mas a ascenção deste grupo foi feita passo a passo. Os Black Leather, liderados por Phil Sick, já estiveram presentes no Festival RocksPot 2010, na Semana da Juventude de Alcobaça 2010 e mesmo no Optimus Alive 2001.

Editaram há pouco tempo o seu EP de estreia, intitulado “S.T.R.A.I.G.H.T.”. O download está disponível de forma gratuita na página oficial do grupo no Facebook. Abriram-nos as portas, e a Rua de Baixo foi falar com Phil Sick. Uma entrevista relâmpago, cheia de humor e inteligência.

De onde surge o projecto Black Leather?

Dos Subúrbios, da periferia , daqueles sítios onde é bom sentir o tédio de não ter nada para fazer… Enfim, aqueles lugares comuns do costume.

Porquê o nome? Porquê em inglês?

Imaginas um projecto sem nome? Quer dizer, na verdade eu imagino, mas era menos nice. O nome em inglês é basicamente porque sim.

Consideram as vossas músicas como um “manifesto”?

Claro !! Acho que todas as músicas o são. A única coisa que muda é eventualmente a forma, a fórmula e o conteúdo.

Pretendem, com a possibilidade de fazer download das músicas gratuitamente, chegar a mais pessoas?

Pretendemos acima de tudo não gastar dinheiro em cd’s uma vez que as pessoas também não o gastam a comprá-los.

Quem é o vosso público-alvo?

Aquele que goste da nossa música.

Como surgiu a oportunidade de estarem no último Optimus Alive?

Surgiu de forma inesperada tipo meteorito, não deu tempo para respirar… num momento éramos um dos projectos menos votados pelo público, no momento a seguir eramos seleccionados pelo júri e imediatamente a seguir estávamos no primeiro andar a tocar no Optimus para os transeuntes. Foi uma experiência muito boa.

Qual foi a receptividade do público? Superou as espectativas?

Digamos que quem não tem expectativas altas é sempre surpreendido, no nosso caso bem surpreendidos!

Como tem sido a promoção do vosso trabalho?

Essencialmente via internet. Há que aproveitar os últimos cartuchos do capitalismo selvagem!

Quais são as vossas influências no mundo da música?

Tens umas horas para falar disso? De uma forma genérica tudo o que pise a linha de explícita ou implicitamente.

Em que se inspiram para criar novas músicas?

Na vida, na morte e tudo aquilo que existe entre essas duas possibilidades.

“Nada é proibido a não ser que tu próprio o proíbas.” É assim que vêem o mundo da música e a criação musical?

É assim que olhamos o mundo. O mundo da música é só mais uma subespécie exemplificativa de um todo. O mundo gira em torno dessa mesma premissa. Se para ti não for proibido matar, se sentires isso mesmo no teu íntimo, não é um sistema de regras ao qual o teu eu não atribui qualquer legitimidade que te vai impedir. Claro que há aquela postura do, só não matas porque há esse tal sistema mas isso é útil para aqueles que precisam que os outros lhe digam o que é proibido.

Quais os principais anseios para o futuro dos Black Leather?

Que hajam palcos! E que a Grécia ganhe o euro milhões… 100 vezes!



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