“Private – Agência Internacional de Investigação” | James Patterson

“Private – Agência Internacional de Investigação” | James Patterson

O CSI é coisa para meninos

«Quando uma porta diz Private, toda a gente quer saber o que se esconde do outro lado», lê-se a certa altura em “Private – Agência Internacional de Investigação”, livro que marca o arranque de mais uma saga Pattersoniana com edição pela Topseller.

Em “Private”, James Patterson (com uma mãozinha de Maxine Paetro) faz-nos uma visita guiada até uma agência ao pé da qual o CSI é coisa para meninos. No comando das operações está Jack Morgan, um antigo fuzileiro e agente da CIA, que herdou a agência do pai, que estabeleceu com o crime uma relação de grande proximidade. Tão próxima que, nos anos que antecederam a sua morte, viu nascer o sol aos quadradinhos todas as manhãs (ou às fatias, se preferirem). Porém, como já diz o velho ditado, a herança dada não se olha o dente, e Jack tratou de aceitar a oferta e dotar a Private de uma tecnologia de ponta pela qual a polícia de Nova Iorque se morde de inveja.

Jack é um tipo narcisista e amargurado, com um pesadelo recorrente e a quem, pelos vistos, toda a gente conta os seus segredos. No que diz respeito à análise de um cenário de crime, crê-se um adversário à altura de Patrick Jane e, à sua volta, as mulheres são como abelhas em delírio com a visão de um géiser de mel.

Mas nem só de Jack Morgan vive a Private. Há também Josefine Smith, uma «morena elegante, circunspecta e absolutamente brilhante», psicóloga e braço direito de Morgan; Emilio Cruz, um dos detectives da agência, bastante refilão e com um sério problema de atitude; ou Sci, o ciminologista-chefe, que tem o seu espaço forrado com posters de filmes de terror.

Neste primeiro livro, a Private vai tomar simultaneamente conta de três casos: o tenebroso assassínio da mulher do melhor amigo de Jack Morgan – e sua antiga amante -; a morte selvática de 18 raparigas, ao estilo de um serial killer coleccionador de troféus; e as suspeitas sobre jogo ilegal que recaem sobre o universo do futebol norte-americano.

Se anseiam por uma grande trama ou um enredo que os cole à cadeira, não espreitem o que se esconde por detrás da porta. Porém, se procuram uma viagem a alta velocidade e um pico de adrenalina, podem entrar com os dois pés. “Private” é policial servido em modo descapotável.



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