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STARTUP PIRATES 2012 @ LISBOA – Work

Dormir pouco, trabalhar muito

Durante a semana, os Piratas tinham como única tarefa trabalhar com as suas equipas na ideia de negócio. Embora o tempo parecesse escasso, a semana foi organizada para que nenhuma área essencial ao desenvolvimento de negócio fosse descurada.

A primeira coisa que os Piratas faziam pela manhã era o Trina Challenge, no edifício da União de Associações do Comércio e Serviços. Todos os dias tinham um desafio diferente. Estes desafios permitiam aos Piratas inteirarem-se melhor do conceito do seu projecto e, com base na opinião dos colegas, mudarem algo que pudesse estar menos perceptível. No final, só podia haver uma equipa vencedora que ganharia o prémio Trina: o design do logótipo do produto, alojamento na web e landing page para o seu projecto.

Depois de tomarem o pequeno-almoço, gentilmente oferecido pelos patrocinadores do evento, os Piratas tinham garra para voltar de novo ao trabalho. Era hora dos workshops. Carlos Mendes deu o primeiro: Business Model Canvas – um tipo de modelo de negócio bastante comum no mundo das startups. Aqui pode ser feito o download deste modelo muito simples. Os Piratas foram convidados a fazer o seu modelo de negócio com post-its pois “quando se está a lidar com uma startup não pode haver ideias fixas, as coisas tendem a mudar todos os dias…”

A Kristin Mendes coube-lhe a formação do Workshop de Marketing. Também para ela é muito importante que uma startup perceba que não é uma marca estabelecida e com nome. Kristin apelou aos Piratas para tentarem perceber quem são os potenciais clientes da sua marca e que definam para os mesmos diferentes estratégias, já que estes têm diferentes motivações para se relacionarem com ela. A última dica da formadora foi que tornassem a missão do produto/serviço em algo “Short, Sweet and Swalable”.

Rui Quinta foi o formador do workshop de Design Thinking. Começou com um exercício prático de briefing-solução: construir a espada perfeita. Foi um exercício interessante que provou que uma solução não pensada (feita à pressão) resulta num produto final pior do que aquele que foi pensado e teve em conta as motivações do cliente. De seguida, Rui mostrou aos Piratas um caso de estudo sobre como o Design Thinking pode mudar o lucro de um negócio, neste caso o negócio de peixe da sua família.

Pedro Santos, co-fundador da All-Desk, explicou no workshop de Finanças a importância de se conhecer a nomenclatura do meio. Os advogados podem ajudar-nos nisso e podem apresentar-nos às pessoas indicadas para a nossa empresa; pois também ele, sendo nós seu cliente, tem interesse no nosso sucesso. O maior desejo de um Pirata deve ser ter como mentor ou investidor alguém muito experiente no meio em que quer prosperar.

O tema do último workshop foi Personal Branding. Miguel Coelho diz que as melhores marcas são claras no seu posicionamento e, por isso, também nós nos devemos definir perante o outro pois, se não o fizermos, alguém o vai fazer por nós. Os outros devem ter uma imagem muito clara de nós e Miguel aconselha-nos a tentarmos ser o Michael Jordan da nossa área.

Depois dos workshops os Piratas almoçavam no Restaurante Varanda da União no sétimo piso do mesmo edifício. Já bem servidos, seguiam para as suas secretárias e trabalhavam em grupo durante uma hora. Mas logo chegavam os mentores especialistas em áreas muito diferentes: Duarte D’Eça Leal, Fernando Mendes, João Vasconcelos, Helder Hunter, Miguel Muñoz, Sandra Sick, Cristina Fonseca, Fernando Almeida, João Alfaiate, Penélope Abreu, Vicenzo di Maria, Nuno Rivotti, Anthony Douglas, Daniela Couto, Marta Miraldes, Paula Arriscdao, Pedro Mateus, Pedro Nogueira e André Luís. Estas sessões foram das partes do dia mais produtivas em termos de desenvolvimento de projecto, disseram alguns Piratas. Eles expunham a sua ideia de negócio aos mentores e estes comentavam, com sinceridade, o que achavam do projecto e davam dicas dos melhores caminhos a seguir e próximas decisões a tomar.

Durante a semana de trabalho os Piratas tiveram direito a três sessões de Energizers, momentos em que podiam relaxar do stress acumulado no processo criativo e de trabalho: Tai Chi (Sónia Malaquias), Biodanza (Cristiano Martins) e Thai-Ioga (Atul Mulji).

Por volta das 19 horas, os Piratas eram levados a conhecer alguns empreendedores que contavam as suas experiências de vida e que projectos estavam a desenvolver de momento. Dey Dos, Carlos Silva, Hardcore Fofo (projecto), Daniela Couto e André Ribeirinho foram os cinco empreendedores ouvidos, mas a talk que os Piratas escolheram como mais inspiradora foi a de Dey Dos e aconselham a quem tenha possibilidade de o ouvir que o faça.

Já no fim do dia, os Piratas jantam e ficam a trabalhar no seu projecto no espaço da Startup Lisboa.



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