#7àSEXTA | Rodrigo Amado
Com três novos discos na bagagem, Rodrigo "rising star" Amado é o DJ desta semana na RDB
Esta semana contamos com um convidado igualmente surpreendente. Nomeado pelo jornalista norte-americano Tom Hull como “rising star” em saxofone tenor, no âmbito da prestigiada DownBeat Critics Poll, Rodrigo Amado conta com uma longa carreira discográfica. Com 30 anos de carreira (sim, leram bem, 30 anos!), Rodrigo Amado encontra-se entre o free jazz e a música improvisada, mas numa posição muito clara – ele pertence ao jazz e ponto final. Com data de lançamento simultâneo a nível nacional no passado dia 19 de Maio, o saxofonista entra no primeiro semestre do ano com três novos discos. Como tal, para celebrar tal feito, convidámo-lo a dar-vos música ao longo desta semana.
Para além da música, a fotografia flui na vida de Rodrigo Amado tendo já organizado diversas exposições. Podem seguir o seu trabalho mais pormenorizadamente no seu site ou segui-lo nas redes sociais. Ladies and Gentlemens, Mr. Rodrigo Amado.
Sexta-feira | Leslie Winer – «He Was» – Do álbum “Witch” (1993)
“Dub, downtempo e spoken-word. Hipnótico, narcótico e cinemático. Totalmente intoxicante. Um dos álbuns perdidos da década de 90.”
Sábado | Gary Higgins - «Thicker Than a Smokey» – Do álbum “Red Hash” (1973)
“Pequeno tema que serve de introdução ao genial “Red Hash”, clássico de psych-folk editado em 1973 e redescoberto em 2005. Um álbum que me deixou marcas fortes e que não consigo deixar de ouvir frequentemente. Foi o único álbum que Higgins gravou, realizado dias antes de cumprir pena numa prisão e entrar na obscuridade. Ben Chasny gravou uma versão deste tema no álbum “School of the Flower”, dos Six Organs of Admittance.”
Domingo | Map of Africa - «Here Come the Heads» – Do álbum “Map of Africa” (2007)
“Fantasia rock de DJ Harvey e Thom Bullock, inspirada em muitas das bandas que os marcaram nos anos 70 e 80. Toques retro de prog-rock, glam e puro rock’n’roll. Guitarras omnipresentes e a voz de Harvey a induzir à viagem e ao abandono.”
Segunda-feira | Brian Eno - «Here He Comes» – Do álbum “Before and After Science”
“Tive a sorte de encontrar álbuns como este ainda muito novo. A criatividade, sonho e magia contida nestas canções está muito para além das palavras. Absolutamente obrigatório.”
Terça-feira | Brigitte Fontaine - «Comme a La Radio» – Do álbum “Comme a La Radio”
“Primeiro tema de um álbum que representa para mim o tipo de magia que procuro na música, muito para além de estilos, géneros musicais ou convenções. Gravado por Fontaine com acompanhamento dos Art Ensemble of Chicago, banda mítica do jazz livre norte-americano, é um disco que cruza pop, jazz, spoken-word, psicadelismo com a energia primordial de África. Lembro-me de o ouvir à noite, no meio do deserto, no Novo-México, e de sentir que é o tipo de coisa que nos muda, para sempre.”
Quarta-feira | J Dilla - «Airworks» – Do álbum “Donuts”
“De todos os álbuns de hip-hop que ouvi, este é aquele a que mais regresso para me perder nos detalhes geniais dos arranjos. Obrigatório.”
Quinta-feira | The Meters - «Just Kissed My Baby» – Do álbum “Rejuvenation”
“Uma das mais incríveis secções rítmicas de todos os tempos e um dos maiores álbuns de funk de sempre.”
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