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Aquaparque

Pintura Moderna.

Os Aquaparque foram apresentados ao mundo decorria ainda o ano de 2007. Tudo começou na cidade de Santo Tirso, onde Pedro Magina e André Abel se conheceram. No entanto, antes de os Aquaparque nascerem, existiram os Dance Damage que, de certa forma, acabaram por funcionar como um embrião para o que viria depois.

O primeiro álbum apenas foi editado em 2009. “É Isso Aí” foi o nome e garantiu ao duo atenção por parte de uma comunidade sempre ávida por descobrir novos projectos e ideias. Desde logo as comparações (com as devidas salvaguardas) com os Animal Collective tornaram-se comuns. As referências aos Pop Dell’Arte (igualmente com as devidas salvaguardas) também não podem, nem devem ser esquecidas. A forma como “É Isso Aí” colava retalhos de música electrónica, com uma pop arrojada mas não menos coerente e cantada em português, surpreendeu muito boa gente na altura.

O primeiro trimestre de 2011 irá marcar o regresso dos Aquaparque. O segundo álbum do duo chama-se “Pintura Moderna” e marca uma mudança, resultado do tempo que o separa da anterior edição. A ideia é confirmada por Pedro Magina: “o tempo e espaço em que as coisas se situam é diferente, logo afecta tudo o que fazemos. Se existo sou sensível a todas as alterações a que estou sujeito”. André Abel complementa a ideia ao afirmar que “houve mais tempo e recursos para gravar este segundo álbum”. No entanto não se coíbe de referir que a “imaginação foi a dos mesmos dois sócios”.

O primeiro avanço para Pintura Moderna dá pelo nome de «Para Além do Bronze» e as diferenças são por demais evidentes, com um cuidado diferente nos arranjos, um som mais denso e uma opção consciente de fazer e soar diferente. Pedro e André concordam e, quando questionados sobre a forma como essas mudanças serão reflectidas em palco, optam por levantar pouco o véu: “neste momento ainda estamos a trabalhar no nosso espectáculo ao vivo” mas é certo que existirão diferenças, consequência das mudanças verificadas.

A música portuguesa vive, actualmente, um período de vitalidade e confiança e decidimos questionar os Aquaparque sobre isso mesmo. Pedro Magina referiu que o “momento que se vive é bonito”, embora prefira olhar para o fenómeno (chamemos-lhe assim) “ de uma forma universal, que é o sentido que sempre lhe dei”. E acrescenta ainda que a “música é livre e sendo livre não precisa de rótulos. Quando um músico sente necessidade de rotular a própria música que cria, acredito que vive preso numa cápsula sem vontade de sair, porque até é confortável e isso é suficiente”. Para ele, tal não é suficiente. Como seria de esperar, nem tudo são rosas e alguma coisas devem mudar, e André faz questão de frisar que “vai bem a iniciativa” mas que a “distribuição do dinheiro” poderia ser diferente.

Os próximo tempos serão de trabalho intenso, dividido entre o palco e a escrita de novas canções, sempre a olhar para a frente, algo presente na forma de estar dos Aquaparque, como Pedro Magina faz questão de evidenciar quando afirma que faz música para se “exprimir da forma mais genuína e menos acomodada possível”.

O concerto de apresentação de Pintura Moderna está marcado para o dia do próprio lançamento, dia 18 de Março, e terá lugar em Lisboa, no sótão da loja Kolovrat 79, na Rua D. Pedro V, 79. O início está previsto para as 21h30 e as entradas custam 7€.


Fotografia de Isabel Salvado



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