Camera Obscura

De Glasgow para Coimbra a 26 de Outubro.

Acerca dos Camera Obscura convém, antes de mais, dizer que sofrem dos efeitos da síndrome ‘tudo é comparável a tudo e tudo se parece com quelquer coisa feita antes’. No caso deles são os Belle & Sebastian que a ‘critíca’ assume como os modelos, os pais do seu som. Esta comparação é até muito útil, simplifica este artigo. Não será, pois, necessário que me alongue em explicações de género e a debater-me com influências, alusões e fusões.

Pode-se partir para os meandros da história. Da história desta banda com sede em Glasgow importa dizer que sofreu muitas alterações na sua cosntituição ao longo dos anos sendo Tracyanne Campbell o único elemento fundador que sobrevive desde o ano da graça de 1996, portanto muitos poderão dizer com razão que este é um projecto da menina Campbell. Da sua história importa também referir o padrinho, John Peel, que os descobriu os mostrou ao mundo e o mundo seguiu o seu conselho. Que não se julge que o seu reconhecimento advém unicamente da comparação com os seus conterâneos.

Os Camera Obscura merecem a tempo de antena que têem actualmente graças a um caminhar seguro e de qualidade sendo os seus álbuns, ‘Biggest Bluest Hi Fi’ (2000), ‘Underachievers Please Try Harder’ (2003) e ‘Let’s get out of this country’ (2006), prova disso. A juntar a estes álbuns há ainda um punhado de singles e o álbum tributo a John Peel, ‘I Love My Jean’ (2005), que contam com algumas canções que estão entre as mais interessantes por eles feitas. E não é mais ninguém que o diz, são eles: a sua música soa a ‘schhhh’.

Como tudo, também a escrita se faz de ciclos e por isso regressa-se ao início. Serão os Camera Obscura herdeiros dos Belle & Sebastian? Nunca se assumiram como sendo pretendentes ao lugar e há muito que caminham por coordenadas diferentes de tal forma que dificilmente se encontraram em terrenos pisados pelos Belle & Sebastian. Porém subsiste a dúvida. Setão eles pareceidos com Belle & Sebastian? Dizem os mais entendidos nestas matérias que os Camera Obscura agora se parecem como os Camera Obsucura. Mas pode-se acreditar em tudo o que a critíca musical dos dias de hoje diz? Sejamos metódicos. Duvidemos e em seguida passemos à experimentação.

A 26 de Outubro no Teatro Académico de Gil Vicente em Coimbra a partir das 21h30 lá estarão eles em palco para deleite dos que não querem saber de dúvidas existenciais e para os que se importam.

Mas a confirmar-se a tendência, a probabilidade de sair deste concerto satisfeito estão muito perto do 1. Afinal é um concerto com mão da RUC e eles não se enganam.

Os bilhetes já estão à venda e custam 8€ para estudantes e 10€ para o público em geral.



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