“Diário de cozinha”
Uma receita está sempre em aberto
Para quem tem por hábito cozinhar a partir de uma receita que encontra numa revista (quem nunca arrancou uma página de revista numa tarde de espera do consultório?) ou na Internet, muitas vezes surge a necessidade de optar pelo regime de substituição na falta de alguns ingredientes. O limão vira vinagre, o leite de coco é trocado por leite com coco ralado, a salsa substitui os coentros como alteração forçada.
De outras vezes fica-se com a sensação de que a receita ficaria melhor substituindo ou eliminando algum dos ingredientes, mas dado que é complicado juntar as alterações próprias à receita alheia as coisas ficam normalmente esquecidas. “Diário de Cozinha” (Arte Plural, 2013) vem mudar as coisas, pelo menos no que diz respeito à doçaria.
O livro oferece algumas informações úteis sobre ingredientes e técnicas, as medidas e a conservação, as dicas mais importantes para cada um dos tipos de doces, juntando a tudo isso um espaço de anotações para que os pasteleiros e pasteleiras possam anotar o que farão de diferente da próxima vez que decidirem sujar de novo as mãos.
Há ainda, após cada um dos capítulos açucarados – pãezinhos doces, massas e tartes, bolos e bolinhos, bolachas e doces de tabuleiro, sobremesas e cremes -, muitas páginas em branco para se escrevinharem outras receitas, sejam elas copiadas, produto da aculturação em convívios gastronómicos ou apenas um produto da imaginação. E, também, um espaço para juntar uma foto de corpo inteiro do doce predilecto, capaz de dar um colorido ainda maior a este festim que fará, de cada cozinha, a pastelaria mais frequentada do bairro.
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