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Doismileoito

"Pés Frios" no Centro Cultural Vila Flor.

Doismileoito poderia bem ser um ano relevante ou um número estratégico. Mas não. É o nome de uma das bandas mais promissoras em Portugal e a Rua de Baixo foi à conversa com eles.

Maia, 2005. Três amigos de longa data, cada um com projectos próprios, decidiram juntar-se numa “húmida cave” para concretizarem a ambição de muitos jovens – formar uma banda. Os Doismileoito não fugiram à regra e ergueram-se nesta mesma linha, como refere o baterista André Aires.

O caminho até ao actual momento da banda foi percorrido lentamente, sempre deliberado da melhor forma para não se deixar embicar nos atravanques que pudessem surgir.

2006. Ganham o TMN Garage Sessions e abrem-se as portas dos palcos do Super Bock em Stock e do Sudoeste. Estava dado um passo de gigante.

O fado que os seguiu foi gravar o primeiro álbum homónimo, surgir na compilação dos Novos Talentos da FNAC e assumirem-se como uma das bandas revelação no ano de 2009.

Hoje apresentam o mais recente disco: “Pés Frios”. Fruto de muito trabalho e muitos ensaios, como gostam de referir. A sonoridade conseguida dá um carácter simples e resplandecente ao novo álbum produzido por Nuno Rafael nos Estúdios da Valentim de Carvalho.

O Café-concerto do Centro Cultural Vila Flor em Guimarães abriu uma vez mais as portas aos Doismileoito e a intimidade deste espaço misturou-se com a energia contagiante que os membros deste grupo transmitiram em cerca de uma hora de pura adrenalina.

A bela receptividade do novo disco por parte do público revelou-se numa casa cheia, onde não foram poucas as pessoas que esbarraram na porta, tanto o seu nariz como a sua vontade em assistir a este dinâmico panorama.

Os Doismileoito não se limitaram a tocar os seus temas. Apresentaram novos formatos e mostraram um outro lado do álbum, mais âmago e entusiástico. Pedro Pode pegou num timbalão e fez a festa. Assim deu uma nova compleição, uma natureza diferente aos temas.

Foi com um inesperado acústico que culminou o concerto. Sentados, envolvidos no meio da plateia, quase a pedir uma fogueira, tocaram o seu maior êxito – «Quinta-feira» – numa versão que por si só fez valer a pena a presença.

Aqueceram os pés a muito boa gente e prometem continuar a alimentar este projeto. A rampa é comprida e ainda se encontram no início da sua ladeira.

Vejam na Rua de Baixo a entrevista completa aos quatro rapazinhos da Maia.



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