Fashion Marriages
O yes I do de Jean Paul Gaultier e Levi’s.
Ele: o enfant terrible mais famoso da moda internacional.
Ela: uma das peças mais icónicas e rebeldes de sempre.
O resultado? Um casamento perfeito com muitos frutos.
Há uma máxima que surge de um dos nomes mais sonantes do panorama fashionista mundial de sempre, Coco Chanel, que afirma que “a moda é feita para passar de moda”. É, sem dúvida uma verdade incontestável e ainda bem que assim é. Mas mais do que passar de moda, uma das características superlativas deste mundo, é a sua capacidade em reinventar-se, recriar-se. É a sua capacidade de saber pegar em determinadas peças chave, e, partindo delas, conseguir criar algo que, apesar de não ser novo, consegue vingar como novidade. Um detalhe, um pormenor, ou apenas o traço de uma certa personalidade que faz toda a diferença. Algo capaz de transformar o dejá vu em jamais vu.
Um dos exemplos mais flagrantes desta capacidade de recriação, é a troca de ideias e ideais de uns artistas para os outros. “Eu tenho o factor x, tu tens o factor y, logo, juntos, rulemos”. São as chamadas colaborações. Ou, de uma forma romantizada, os chamados fashion marriages. H&M com Sonya Rikiel, Jimmy Choo ou Stella McCartney, Top Shop com Kate Moss, estes são apenas alguns exemplos dos inúmeros “casamentos” que temos vindo assistir. Mas há um recente que tem dado que falar. E muito. Trata-se do “yes, I do” de Jean Paul Gaultier e a gigante Levi’s.
De um lado, temos o enfant terrible da moda francesa, o unique e inconfundível Jean Paul Gaultier. Do outro, surge uma das peças mais icónicas de sempre, a peça can’t-live-without mais effortlessly cool de sempre, os jeans. Mais especificamente e porque faz uma diferença enorme, os jeans Levi’s: os famosos 501.
Epítome do sonho Americano desde 1973, a marca Levi’s começou por representar um way of life. Os jeans eram a peça de eleição de quem trabalhava no duro por serem resistentes, eram as calças para a vida. Graças à moda e à sua capacidade em re-descobrir potenciais tendências, não demorou muito até que as mesmas se tornassem peça obrigatória em qualquer wardrobe. Para trabalhar e não só. As Levi’s levavam-se para todo o lado, adaptando-se a tudo e mais um par de botas. Até um par de Louboutin.
Quem não teve uns jeans 501, por favor, atire a primeira pedra. É impossível não ter tido o prazer de vestir umas calças que, realmente ficavam bem. Aquelas calças jeans que se veste e pronto, já está. Aquelas calças que, até com a basic-t mais básica, passe a redundância, marcham. E como marchavam bem…
As boas notícias são que, se faz parte dessa minoria, vai ter o prazer de as conhecer, com o plus da irreverência de Jean Paul Gaultier.
Foi em Paris, na apresentação da sua colecção streetwear Spring/Summer 2010, que a lenda francesa desfilou um sem número de modelos Levi’s reinventados, que foram desde os icónicos jeans, até aos denim jackets, passando pelas t-shirts mais edgy e cool que a marca possa ter conhecido. Para ela, o designer acrescentou à colecção vestidos e macacões todos em denim, onde o corte e a reconstrução foram palavra de ordem.
Imagem de marca de Gaultier, nas peças não faltou a representação do chic maritime através dos motivos navy, assim como os pespontos a encarnado ou azul escuro que adornaram jeans, e, claro está, os detalhes bondage, tão à la Gaultier.
A revista L’Officiel Hommes deste mês produziu um editorial que mostra o fruto da colaboração Gaultier/Levi’s. Fotografado por Milan Vukmirovic, com os modelos Isaac Crew e Josh Breech, o ensaio mostra a ousada reconstrução dos jeans, interpretada na perfeição por modelos que reencarnam o espírito edgy, provocativo, cativante e totalmente naturally born cool. Como ditam as regras.
Prevê-se que este sonho Americano invada lojas seleccionadas da Levi’s em meados de Fevereiro. Os preços não foram divulgados, mas há peças que são intemporais e que deviam deixar de lado custos.
E um bom par de jeans faz, sem dúvida, parte desse grupo.
É vesti-los, ver e vencer. Just try it!
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