Hã!
Cruzaram-se nos tempos dos Jesus, the Misunderstood e foram destaque na última edição dos "Novos Talentos FNAC". Dia 12 de Janeiro, no Musicbox Lisboa, apresentam as canções que farão parte do seu novo EP.
Miguel Pereira e Pedro Girão são dois jovens rapazes que há algum tempo decidiram juntar-se para formar uma banda. Depois de se terem afirmado na música nacional com três EP’s enquanto Jesus, the Misunderstood, o grupo viu-se obrigado a fazer uma pausa no seu percurso. Contudo, o panorama Indie Rock português nunca mais foi o mesmo e a determinação e ânsia de continuar a produzir canções permaneceu intrínseca nas veias artísticas destes dois rapazes. Ambos juram não ter problemas de audição e a sonoridade que agora (re)inventam assemelha-se a uma mescla de várias influências que vão desde os Beach Boys aos The Beatles. Tiraram o pó aos discos de vinil e deixaram que os mesmos aromatizassem e influenciassem o seu processo criativo.
Para este novo projecto, Miguel e Pedro decidiram convidar novamente os amigos, que automaticamente se transformaram em companheiros musicais, e assim decidiram regressar e dar a conhecer as suas novas criações. Recorrendo a uma onomatopeia, os Hã! prometem dar-se a conhecer aos mais distraídos e deixar todos surpreendidos.
Enquanto não há data prevista para o lançamento de um novo trabalho, é o EP de estreia, intitulado de “Lamb Jackie” que circula gratuitamente pelas redes sociais. No dia 12 de Janeiro, no Musicbox, os Hã! apresentam novas músicas e serão uma das estrelas das “Noites da Rua” # 5. É obrigatório levar os amigos!
Directamente dos Novos Talentos Fnac 2011 para o mundo, os Hã! em discurso directo.
De que forma é que surgiram os Hã! ?
Pedro Girão – A banda começou com o final dos Jesus, the Misunderstood, onde eu e o Miguel Pereira tocávamos. Nessa altura eu e ele vimo-nos sem os nossos companheiros de banda que emigraram – o Luís Nunes (Walter Benjamin) e o Manuel Dordio -, com várias canções e imensa vontade de continuar a tocar. Assim surgiram os Hã!
Mas de que forma é que o projecto avança? Sei que tiveram (e que ainda têm) a ajuda de outros músicos que colaboram em outras bandas…
Durante a gravação do E.P. contámos com algumas colaborações importantes como foi o caso da participação do João Correia (Julie and the Carjackers) na bateria. Para nos lançarmos ao vivo precisávamos de alguma ajuda. Uma vez que eu e o Miguel nos queríamos assumir apenas como guitarristas e vozes principais, era essencial arranjar alguém permanente para o baixo e a bateria. Assim surgiu o Nuno Lucas (Baixo) e o António V. Dias (Bateria). Para ajudar nas vozes e contando com o inigualável talento em formato throat singing juntámos também o nosso amigo Gonçalo Paiva. Posteriormente, o Zé Guilherme (Teclas) fechou a formação da banda.
O Nuno Lucas e o António V. Dias, são também a dupla rítmica dos Julie and the Carjackers e dos Electric Lazy Band (banda formada pelo António e o Zé). O Nuno Lucas alinha ainda com o Walter Benjamin, a Márcia e os Deception Point.
A forte ligação que têm com o trabalho de Walter Benjamin são uma inspiração para vocês, que acaba por ter uma ligação directa com o vosso trabalho?
Obviamente que sim. Falando em meu nome, foi o Luís que me introduziu no mundo da música ao convidar-me para tocar no Jesus, the Misunderstood. Desde então aprendi muito e muita coisa mudou, nomeadamente a minha relação com a música que deixou de ser a de simples amante para alguém que adora escrever canções. Devo muito ao Luís por toda essa aprendizagem.
Em relação aos Hã!, a forte relação com ele está bem patente no facto de ter misturado o EP “Lamb Jackie” e de ter produzido o (ainda a ser gravado) próximo trabalho.
De que modo é que essas influências (o facto de se dividirem em outros projectos) coabitam com os Hã! ?
Essas influências levaram às canções novas que andamos agora a tocar e que farão parte do próximo trabalho. Ao contrário do primeiro EP, ainda que as canções continuem a ser minhas e do Miguel, o input dos novos membros são bastante importantes. É muito importante para o processo criativo da banda neste momento trabalhar as canções em conjunto.
«Disco» é uma das 40 canções que fazem parte do álbum Novo Talentos Fnac. De que forma é que vocês chegam ao Henrique Amaro e assim se tornam um “talento”?
Chegámos ao Henrique Amaro através dos nossos amigos. Oferecemos-lhe um EP, e foi com muita surpresa que mais tarde ele nos propôs a entrada na colectânea com a «Disco».
O EP de estreia “Lamb Jackie” é composto por 4 canções e têm-no apresentado ao vivo em pequenas actuações que têm feito (como no offbeatz por exemplo, entre outras). A aceitação tem sido positiva?
Tivemos algumas boas reacções nesse concerto de pessoas desconhecidas e isso foi muito surpreendente. De resto temos tido muito apoio dos nossos amigos.
Quando é que teremos acesso a um novo trabalho dos Hã! ?
Não há prazo para isso. Nós somos a nossa própria editora, por enquanto (risos). E, nesse sentido, é difícil impormos prazos a nós próprios. Esperamos ter o disco pronto em Abril.
As “Noites da Rua” contam com o apoio da Lacoste L!VE. A entrada vale 6€, com oferta de uma bebida, e pode ser já adquirida aqui, na FNAC e locais habituais.
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