Joana Rombert
«Em relação às questões da fala e da voz, tudo são descobertas»
Especialmente quando somos pequenos e surge um percalço na aprendizagem da fala, da escrita e da comunicação, os pais e os educadores podem ficar em pânico: o que fazer? Como lidar com isto? A quem recorrer?
Graças a terapeutas da fala como Joana Rombert, o assunto começa agora a ser tratado de forma mais descomplicada. Para além de ter deixado tudo mais simples no seu livro “O gato comeu-te a língua?”, Joana Rombert respondeu-nos a algumas perguntas que servirão para acalmar os pais mais ansiosos que se vejam apanhados pela situação.
Como é que chegou à conclusão de que queria trabalhar com crianças?
Desde sempre senti que gostaria mais de trabalhar com crianças e que a minha vocação seria por aí.
O que a levou a escrever um livro sobre o tema do desenvolvimento da linguagem e fala da criança? Ainda existe falta de informação sobre o que fazer quando surgem complicações nestes casos?
Sim, foi uma proposta feita pela editora que me questionou, “mas será que o Terapeuta da Fala não trabalha só a fala?” E o que acontece no desenvolvimento normal? Quais serão então os sinais de alerta? Será que quando a criança, por exemplo, não diz o “l” é normal? E quando percebe tudo e ainda não fala? E a escrita? Até quando pode fazer erros ortográficos?
Qual é o tema que mais preocupa os pais que procuram a sua ajuda?
Sem dúvida que são as questões da linguagem: o meu filho percebe tudo e não fala! Quando vai falar? Não se entende o que diz! Como vai comunicar com os outros? Será que vai escrever como fala?
Os conselhos que propõe para trabalhar e ajudar em alguns problemas das crianças também se podem aplicar aos adultos?
Sim, em relação às questões da fala, da voz, alguns aspectos podem ser aplicados. Mas tudo são descobertas, sugestões que vão sendo encontradas com cada criança e cada família. É um trabalho em equipa.
Aconselha este livro em particular aos pais, mas também a educadores e professores que lidam com crianças diariamente: ele pode ser também útil àqueles que ainda não têm filhos?
Sim, ajuda-nos muito a no dia-a-dia, a reflectir na nossa forma de comunicar, na linguagem que usamos e em como nos dirigimos ao outro.
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