John Zorn

O génio regressa a Portugal.

Dizer que John Zorn é um músico jazz é o mesmo que dizer que a Fender Stratocaster é apenas uma guitarra. As limitações das palavras não deixam ir para além do seu alcance.

Zorn é um compositor profícuo e um saxofonista virtuoso, mas essa catalogação é demasiado castradora para a sua identidade musical. A sua natureza eclética e o seu instinto inovador transformam-no num dos mais multifacetados e vanguardistas artistas contemporâneos.

A sua música reflecte um registo abrasivo e radical, de quem trava confiança com o free-jazz, o noise, o experimentalismo e/ou o avant-garde, bastantes mais vezes do que o habitual. O seu ecletismo tanto o coloca à frente de uma banda rock como Naked City, como o transporta para uma exploração cultural musical como o projecto Masada ou para tributos a gente como Ennio Morricone ou Ornette Coleman. Para não falar das suas parcerias com gente tão diversa como Mike Patton, Kronos Quartet, Roberto Rodriguez, ou Marc Ribot.

O músico norte-americano vai voltar a Portugal. Agora é a Casa da Música, no Porto, que se vai aperaltar para o receber, no próximo dia 30. Zorn vai apresentar o seu projecto Cobra, a game piece mais reconhecida do seu reportório, um ensaio experimental, qual caos controlado, com um alcance quase impossível de descrever. Será um concerto essencial para os admiradores do jazz, mas sobretudo para os da improvisação.

Como diria David Murray jazz is the teacher but the soul is the preacher.



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