Festival Gay e Lésbico
A 16ª edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa prolonga-se até 29 de Setembro
Começa esta sexta-feira a 16ª edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. O evento, que tem como palco o Cinema São Jorge, vai contar com 13 filmes portugueses de um total de 91 filmes muito variados. Os Estados Unidos da América é o País que conta com mais filmes na programação – 20 filmes – seguindo-se do Brasil, que terá a sua própria secção no festival, a secção Queer Brasil.
O festival vai abrir com o filme “Weekend”, de Andrew Haigh, um dos maiores êxitos do Cinema Queer em 2011. O filme mostra um encontro entre dois homens durante um fim-de-semana mas que sugere uma relação mais longa que isso. Mais do que um filme gay, “Weekend” trata da dificuldade em encontrar o amor.
Em destaque, na ficção, está a longa-metragem sobre James Dean, um retrato do actor antes da fama, intitulada “Joshua Tree, 1951: A Portrait of James Dean” e realizada por Matthew Mishory. Mas também o filme que venceu o Teddy Award ’12, “Keep the Lights On” de Ira Sachas, que mostra a evolução durante uma década da relação entre dois homens. Destaque para os diálogos, actores e fotografia. Também a não perder: Travis Mathews com “I Want your Love” conta de forma livre as relações sexuais e afectivas de um homem na São Francisco de hoje.
O festival vai contar também com o documentário “The Artist is present” sobre a artista sérvia Marina Abramovic. João Ferreira, Director Artístico do Queer Lisboa, aconselha a “correr pelos bilhetes”, já disponíveis, visto que só vai haver uma sessão do filme.
Na categoria de Queer Art o relevo vai para o filme experimental “O Rei dos Gnomos”, baseado na história de Francisco Leitão, condenado por três crimes de homicídio. A longa-metragem portuguesa dos realizadores João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira vai ser exibida dia 22 de Setembro no Teatro do Bairro, no formato Screening & Party a partir da meia-noite.
Atenção especial também para “Vito” de Jeffrey Schwartz sobre Vito Russo, o activista e autor de “The Celluloid Closet”; para a comédia de Sandra Werneck, “Amores Possíveis”, integrada na secção Queer Brasil; e para a longa-metragem em competição de Odilon Rocha, “A novela das 8”, um retrato do Rio de Janeiro em 78 e de uma prostituta viciada na novela “Dancin’ Days”.
Esta edição do festival vai contar com um concurso de curtas-metragens portuguesas: “Fratelli”, de Gabriel Abrantes e Alexandre Melo; “Um Funeral Simples”, de Patrícia Bateira; “Material Love”, de José Gonçalves; “2P2R”, de Filipe Afonso; “Pix” e “Banker”, ambas de António da Silva; e “Down Here”, de Diogo Costa Amarante. O vencedor ganhará 5000 euros em serviços de pós-produção.
Quanto às actividades paralelas, o festival vai ser composto por um workshop de vídeo+dança dirigido pelo bailarino Dário Pacheco e pelo videasta José Gonçalves, e por um workshop de Análise e Crítica de Cinema leccionado pelo crítico Boyd Van Hoeij.
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