Seu Jorge

O Novo segredo brasileiro em Portugal.

Deu-se a conhecer na Cidade De Deus de Fernando Meirelles, sob a personagem de Mané Galinha, mas foi com Um Peixe Fora De Água, de Wes Anderson, que começou a dar que falar. Nessa fábula à volta de um Jacques Costeau com nome de jogador de futebol galáctico, Seu Jorge era Pelé, um jovem negro deveras peculiar, que por lá andava de viola acústica empunhada, cantarolando clássicos de David Bowie na língua de Camões.

Para além de actor, Seu Jorge é também cantor e compositor. Em Um Peixe Fora De Água, a possibilidade de cruzar essas duas facetas fez com que as atenções se começassem a focar naquele jovem do Rio de Janeiro. O sucesso chegou da Europa, muito antes que do próprio Brasil, onde era quase o novo segredo a desvendar.

Agora, Seu Jorge prepara a estreia nos palcos nacionais. No próximo mês de Novembro passará pela Aula Magna, em Lisboa, no dia 3; pela Casa da Música, no Porto, no dia 4; e nos Açores, em local ainda por designar, no dia 6. Na bagagem trará “Cru”, o seu segundo álbum de originais.

“Cru” foi um dos álbuns mais frescos de 2004. Chega ao nosso país com um ano de atraso. Nada a que não estejamos habituados… E como diz o adágio, mais vale tarde do que nunca.

“Cru” mistura as influências de Seu Jorge, fundindo o tropicalismo de Caetano Veloso com o samba de Zeca Pagodinho e o multifacetismo de Tom Zé. Na Europa comparam-no com Nick Drake. Há ainda uma versão funk-cavernoso(?) de «Chatterton», de Serge Gainsbourg, e outra de «Don’t», de Elvis Presley, outro músico nascido no gueto.

Novembro servirá para conhecer o mais recente segredo brasileiro.



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