“Rio Tejo” de Artur Bordalo a.k.a. Bordalo ll

WOOL on Tour

O WOOL foi equipar-se ao Balneário

Mais uma vez, temos o WOOL | Festival de arte urbana da Covilhã a deixar marcas nas acções culturais e criativas. Tentando estar em todas as frentes, nesta que é uma luta de amor e mais alguma coisa. Luta pelas novas gerações e edificação das artes. Luta pela divulgação e maior acesso ao que de melhor para aí anda. E foi assim que a Covilhã veio até Lisboa.

Deram um “sim” ao convite do Balneário da LX Factory, para a 8ª edição do Open Day. E o casamento resultou numa festa perfeita, da junção daquele que é o maior centro artístico da cidade e do festival de arte urbana que se está a tornar um dos mais afluentes e influentes do País.

São quatro murais de cinco artistas que fazem parte do leque dos melhores e mais promissores da street art portuguesa. Para além das mais de 6000 pessoas que por ali passaram, deixando expressões admiradas e queixos no chão, ao transformarem o velho em novo e ao misturarem técnicas, temas e grafismos. E, numa semana, exploraram ao máximo o poder da arte e assim comprovam que tudo isto dá mais vida, alma e voz às nossas paredes, às nossas cidades, a nós.

Que é também o objectivo do festival WOOL, que se pretende propagar por todo o lado.

Para o copo d’água tivemos em exibição:

“Desassossego” de Mário Belém (link) e Hugo Makarov (link)

“Quem éramos? Seríamos dois ou duas formas de um? Não o sabíamos nem o peguntávamos. Um sol vago devia existir, pois na floresta não era noite. Um fim vago devia existir, pois existia uma floresta. Nós, porém, éramos alheios ao que fosse ou pudesse ser, caminheiros uníssonos e intermináveis sobre folhas mortas, ouvidores anónimos e impossíveis de folhas caindo. Nada mais.” excerto de “O livro do desassossego” de Bernardo Soares (Fernando Pessoa). Esta passagem foi escolhida não só pela sua forte (qualquer) componente visual, mas também por se tratar de uma metáfora, muito contemporânea, da forma como o povo português caminha para o seu destino incerto”, Mário e Hugo.

 

“Deadline Drama” de Pedro Campiche aka Corleone (Link)

“A minha peça tem uma estética e composição baseada na narrativa dos comics, tendo como particularidade a escala que é muito maior e que transforma esta narrativa numa experiência interactiva com o observador… esta obra é de facto a continuação de uma narrativa que está presente num painel na Calçada da Glória, fazendo parte de uma exposição realizada pela Galeria de Arte Urbana. O objectivo desta ilustração era o de “obrigar” o observador a tentar entender a história em vez de passar e contemplar a peça por apenas meros segundos. A história (como muitos dos meus trabalhos) é baseada na minha vida e nas minhas experiências quotidianas, neste caso na luta constante que existe com o cliente que raramente entende o nosso ponto de vista e que frequentemente nos faz a vida negra!

Esta peça faz parte de um projecto que procuro continuar, tendo como objectivo criar uma narrativa maior espalhada por diferentes locais em que o observador é convidado a “viajar” para diferentes espaços para seguir a lógica da história… “, Pedro.

 

“Enigma” de Nuno Barbedo a.k.a. The Caver

“Enigmas encontrados na busca de uma resposta para abraçar ou evitar a convergência entre realidades paralelas”, Nuno.

 

“Rio Tejo” de Artur Bordalo a.k.a. Bordalo ll (Link)

“É a minha interpretação do Rio Tejo, em Lisboa. Uma pintura de paisagem urbana feita de forma surreal, disforme e fantástica. O suporte da obra é um conjunto de colagens, lixo e afins, não apenas como forma de reciclagem, mas também como crítica ao mundo em que vivemos, onde muitas vezes nos apresentam coisas bonitas, que por base têm lixo, sem nos darmos conta”, Artur.



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