Black Desert Online
Nunca um deserto proporcionou cenários tão vibrantes
A cargo do estúdio Pearl Abyss está prestes a ser lançado na Europa um novo MMO que se chama Black Desert Online. Contando com um motor gráfico desenvolvido pelos produtores, pretende-se com este título mostrar que há ainda espaço no género para boas surpresas, tanto a nível de jogabilidade, como de grafismo. Já se encontra disponível na Coreia (onde foi produzido), Japão e Rússia mas ainda no final do ano passado tivemos acesso a uma beta fechada que nos mostrou um pouco do que podemos esperar deste título. Hoje vamos aqui partilhar convosco as nossas impressões.
De facto, no que toca ao grafismo, impressionante é o mínimo que se pode dizer de Black Desert Online. Logo no menu de criação de personagem fomos agradavelmente surpreendidos com o grau de detalhe que invadiu os nossos ecrãs e claro que não ficou por aí pois também dentro do próprio jogo não parou de nos surpreender. Desde as mais densas florestas às amplas planícies, com alguns povoados no meio, os cenários são todos eles bem vibrantes e coloridos como que a exigir que os explorássemos. De facto foi o que acabámos por fazer mas em parte isso deveu-se ao nosso desinteresse pela história do jogo. Algo que ainda hoje nos perguntamos se de facto existe neste jogo.
Isto porque em qualquer MMO, os pontos de experiência que ajudam na progressão das nossas personagens são na sua maioria adquiridos ao completar as quests que os vários NPCS têm para oferecer aos jogadores. Em suma pequenas tarefas, algumas por vezes demasiado mundanas e nada épicas mas que, num todo, acabam também por explicar ao jogador um pouco da história do jogo e também um pouco dos costumes adoptados pelas gentes que habitam o seu mundo. Infelizmente em Black Desert Online isso não aconteceu. Várias vezes demos por nós a completar quests… bem, só porque sim. Além disso mais do que a completar quests, os maiores pontos de experiência vinham do simples derrotar de criaturas. Antes que o desinteresse se instalasse e na expectativa de que esta vertente PVE venha ainda a sofrer alterações, eu e o meu companheiro de redacção partimos à aventura. De entre as várias classes disponíveis, eu optei por criar um Wizard e o meu colega um Berserker.
A falta de um antagonista que, nas sombras conspire contra a paz do mundo de Black Desert Online, é compensada pela incrível jogabilidade que mais se assemelha a um RPG de acção onde, de forma muito intuitiva, os botões do rato, complementados pelas teclas de direcção, nos permitem desencadear uma frenética série de combinações de movimentos, soberbamente animada. Independentemente da classe que escolham, no que diz respeito às animações que as acompanham, dificilmente irão encontrar um título do género capaz de tal qualidade. O UI do jogo poderá, à partida, causar alguma confusão mas depressa se mostra bastante intuitivo, sobretudo o mapa que nos permite efectuar um Fast Travel sempre que precisarmos. Já a barra de acções, vai sendo preenchida à medida que vamos progredindo com a nossa personagem e, consequentemente, desbloqueando novas habilidades. Através de talentos e skill points, vai sendo fácil moldar a personagem ao nosso estilo de jogo e são de salientar as várias ramificações que cada classe traz consigo, permitindo-lhes cumprir vários papéis diferentes consoante as habilidades escolhidas.
O período de Beta foi curto, pelo que esperamos poder aprofundar um pouco mais da nossa experiência mas, mesmo assim, a nossa aventura levou-nos a locais bem impressionantes, alguns até que depressa nos indicaram que ainda não estávamos preparados para os trilhar. A ausência de história, no entanto, comprometeu bastante o nosso contacto com Black Desert Online e, por enquanto, em termos de PVE, Black Desert Online parece ter muito pouco para oferecer. Exemplo disso é a total ausência de Dungeons para que pequenos grupos de jogadores se possam juntar em busca de confrontos memoráveis e recompensas. O único desafio que existe no final do jogo são alguns Bosses espalhados pelo mundo fora só que, em termos de desafio, pouco ou nada têm para oferecer. À excepção do balanceamento entre as classes (um problema à partida mais fácil de gerir) os jogadores mais competitivos terão menos razão de queixa, podendo desfrutar de um sistema de PVP que lhes oferece dois modos de combate: Sieges e Guild Vs Guild.
Se a isto aliarmos outras mecânicas interessantes, como casas para os jogadores, Black Desert Online parece ter muito para oferecer, mas a ausência de conteúdo que motive os jogadores a alcançar os níveis mais altos compromete, para já, e muito o visualmente impressionante mundo que este jogo tem para oferecer.
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