“Depois” | Rosamund Lupton
A ambição é uma coisa muito feia
Após o sucesso de “Irmã”, primeira obra que desde logo a catapultou para as prateleiras de cima de muito boa livraria, Rosamund Lupton chegou-se à frente com um novo thriller, que desta vez mistura as emoções humanas mais primárias com o lado paranormal da existência.
Tudo tem início com um incêndio que destrói uma escola privada inglesa, do qual Jenny, uma adolescente de 17 anos e assistente na escola, bem como a sua mãe Grace, saem gravemente feridas. A história, que entra depois em ritmo de novela policial, terá o hospital como base de operações, do qual sairão missões furtivas na tentativa de descobrir o autor do incêndio.
A polícia crê ter-se tratado de um fogo posto pelo irmão mais novo de Jenny, mas Grace e o seu marido acreditam que o incêndio teria como finalidade a morte de Jenny, por motivos que terão de ser eles próprios a deslindar. Ou melhor, eles e Sarah, a cunhada de Grace, que rompe com todos os procedimentos policiais em nome do ideal familiar.
A narração de Grace na segunda pessoa – «Tu vestes…», «Tu caminhas…» – é, a princípio, uma fonte de distracção mas, uma vez confortavelmente instalados na maca, a beber soro fisiológico como água fresca num dia quente, assistimos inquietos e sobressaltados a uma história que retrata de forma cativante os efeitos corrosivos que a ambição traz ao mundo.
Uma edição Civilização Editora
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