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Elvis Costello & The Imposters

"The Revolver Tour - The Return Of The Spectacular Spinning Songbook!!!" (DVD). Deixem a grande roda girar

Em 1986, no Beverly Theatre em Los Angeles e durante a “Costello Sings Again Tour”, Elvis Costello decidiu trazer a palco “The Spectacular Spinning Songbook”, um jogo de grandes proporções onde fãs, escolhidos entre a plateia, rodavam uma roda gigante onde estavam escritos temas clássicos, covers inesperadas ou ainda algumas raridades, que a banda tocava de pronto depois de decidida a sua sorte. Na altura a coisa pegou de estaca e, por exemplo, a Rolling Stone escreveu qualquer coisa como isto: “Costello worked the stage like a burlesque-club emcee, cracking wise at a mile a minute and spinning a dandy’s walking stick.”

O ano passado, Elvis Costello & The Imposters andaram na estrada com “The Revolver Tour” e, 25 anos depois, Costello voltou a contemplar um alinhamento escolhido pelo girar da espectacular roda. Há coisa de um mês chegou às lojas a versão deluxe de “Elvis Costello & The Imposters: The Return Of The Spectacular Spinning Songbook!!!”, um digipak que incluía um CD, um DVD e um livrinho de 28 páginas cheias de imagens de Napoleon Dynamite, a personagem encarnada por Elvis Costello e que se revela como um entertainer a ter em conta para animar festas de aniversário e outros eventos sociais.

O DVD, também disponível em separado, apresenta a actuação de Costello no dia 12 de Maio de 2011, incluindo uma participação muito especial das Bangles, para além de uma miúda a dançar numa jaula com grades ao estilo de um cortinado que dão à coisa um ar de casino um pouco tresloucado. Há também alguns extras, como uma apresentação iniciática por parte de Napoleon Dynamite, imagens dos bastidores que revelam um pouco do espírito vivido pelos The Impostors – banda composta por Steve Nieve (teclados), Pete Thomas (bateria) e Davey Faragher (baixo) e que acompanham Costello nesta demanda musical – e actuações extra que não fizeram parte deste concerto.

Antes da roda girar, Costelo e The Imposters arrancam para quatro temas tocados de um fôlego, impregnados do espírito rock old school e capazes de provocar uma tontura musical de respeito. O resto da viagem faz-se um pouco à semelhança da carreira de Elvis Costello, que durante a sua vida artística experimentou o espírito punk, o embalo da new wave, o estilo do jazz, as baladas de fazer aparecer uma lágrima e o rock, talvez de todos os géneros o mais marcante no seu percurso. Apesar de alguns momentos mais cheesy, vale bem a pena ver Costello e companhia em acção. Deixem a grande roda girar.



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