FIA 2012
Um, dois, três pavilhões. Sabores, texturas e o nacional. FIA Lisboa 2012 decorreu de 30 de Junho a 8 de Julho
Passamos rápido o primeiro pavilhão. Gastronomia, aquela senhora que, sedutora na forma, passa leve ou pesada e nos vence pela boca. O segundo: o começo. Quarenta países e pessoas e anéis e colares e espelhos e materiais, instrumentos e matérias. O último: “sempre o primeiro”, Portugal.
Oficina Galeria, Márcia Neto, Planeta Zorg, Irene Salgueiro, Invidro, Senhora de Si, alguns dos participantes que mais encantaram. Passava e apontava o nome. Fazia-o pelo belo, pela delicadeza. Alguns havia com pequenos cartões que acusavam a participação do stand no concurso a decorrer com distinção à Melhor Peça de Artesanato Tradicional e Melhor Peça de Artesanato Contemporâneo, Prémio FIA 2012.
Argentina, País Convidado
Da varanda da casa da Portela, a da Paula, transporto-me e vejo tudo novamente. Cada detalhe e pormenor. O Tango ou o Mate, Fernet ou Alfajor. Miguel Comporta, director da feira, em amena conversa, fala-me das várias participações da Argentina na FIA ao longos dos anos e como em 2012 o encontro cultural acontece e este pedaço de América do Sul é o elegido, trazendo assim, até nós, um pouco do novo mundo.
A experiência
Dedicada a promover o desenvolvimento e crescimento das artes e ofícios tradicionais, articulando agentes económicos locais e regionais, e distinguindo os mesmos do mercado global, a Feira Internacional de Artesanato pode ser tida como uma viagem à volta do mundo. Cada dia acontece algo novo. O que é um workshop numa hora, transforma-se em degustação na seguinte. Tudo muda o tempo todo do mundo. Os quarenta países trazem-nos coisas muito próprias de cada cultura. Em comum têm o prestigio pelo ofício e seus artesãos. E, at the end of the day, a FIA oferece uma experiência muito gratificante para todas as partes envolvidas. Claro está que, de um ponto de vista mais racional, há o negócio, o retorno, mas é através da sua actuação multifuncional (geração de emprego associado à ecologia e tradição do artesanato), da relevância do factor identitário, da preocupação em melhorar de ano para ano os serviços da feira e as suas actividades, da vontade de ultrapassar obstáculos de forma cooperativa, apoiando os participantes nas dificuldades que possam surgir, que a FIA garante assim, que todos os anos, os países regressem.
Associado ao evento temos IEFP a gerar oportunidade de trabalho. O sector pode complementar outro ou ser também um projecto de vida. Em 2012 questionamo-nos mais acerca da possibilidade de, como forma alternativa, abrir a gaveta das missangas, dos farrapos e afins e start doing it yourself. Contudo, a presença na feira é apenas permitida para artesãos acreditados.
Termino de forma doce. Nove dias de feira, nove chefes de cozinha. O Turismo de Portugal abre portas à doçura portuguesa, com preparação ao vivo de diferentes doces tradicionais.
Se isso não lhe abriu o apetite experimente lá passar e viajar pela maior feira do artesanato da Península Ibérica.
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