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Fly Bermuda

“Berlin Music Days”... and nights... para que a música electrónica não acabe nunca!

Dá pelo nome de BerMuDa mas nada tem a ver com roupa. Num testemunho conjunto de como Berlim teima em não se render à comercialização, a segunda edição do festival Berlin Music Days marcou as noites e os dias da capital da música electrónica num evento que durou de 3 a 6 de Novembro e que contou com mais de 20 clubes, as maiores editoras e os melhores DJ e produtores da actualidade. O difícil era, mesmo, decidir onde ir.

Dividido em três tipos de programação, BerMuDay , BerMuNight e Fly BerMuDa, a segunda edição de Berlin Music Days assegurou-se de que nada ficava esquecido.

BerMuDay concentrou-se numa completa e muito interessante programação de workshops e fóruns com alguns dos maiores protagonistas da indústria da música electrónica.

De:Bug, a principal revista de música electrónica, foi a anfitriã de mais uma novidade deste jovem, mas promissor, festival: a primeira edição de Music Technology Day, um vasto conjunto de actividades sobre como usar e tirar o melhor proveito dos diferentes produtos existentes para a produção de música electrónica, com sério enfoque e casos práticos, tanto na componente de software como nas inúmeras possibilidades de controlos analógicos.

Também Soundclock, Beatport e a agência Booking United abriram as portas por um dia, revelando os seus segredos aos mais curiosos.

BerMuNight era o mais esperado. Três dias da melhor música electrónica non-stop nos melhores clubes da cidades.

Watergate, o clube organizador do evento, recebeu todos os grandes gigantes, criando à sua porta filas intermináveis, mas persistentes, de apreciadores que não aceitam um não como resposta. M.A.N.D.Y., Tiefschwarz, Ellen Allien, Sascha Funke, Thomas Muller e muitos outros marcaram essas três noites do clube com vista para o rio.  Maria investiu sobretudo numa muito bem planeada Goa Party, com live nas três pistas e um lineup de mais de 20 artistas.

Mas os berlinenses não se vão só por nomes sonantes. Adeptos da música electrónica emergente, encheram todos os clubes em busca de um longo fim de semana sem pressa para dormir. Desde o requintado Weekend ao “dirty” Magnet Club, do MIKZ ao Ritter Butzke, contando com tudo o que está pelo meio, Berlim esteve ao rubro, mais ainda, se possível, do que durante o resto do ano.

Para terminar em grande e saciar também o mainstream, Fly BerMuDa foi tudo o que se esperava… e só não foi mais porque, de facto, Berlim não é o lugar para a cena comercial, mesmo que se lhe tente chamar de “underground party”.

Num concerto com três palcos e mais de 12 horas de música consecutiva, o antigo aeroporto de Tempelhof recebeu no palco principal Sebastian Wilck; The Koletzkis (Live); Booka Shade (Live); Sven Väth com a brilhante interpretação do seu álbum mais recente, levando o hangar principal ao ponto máximo; Paul Kalkbrenner (Live), ainda com “Berlin Calling”; Richie Hawtin e, finalmente, The Cheapers para uma audiência mais morna.

O segundo hangar recebeu nomes como Loco Dice; Tiefschwarz (Live); Dixon; Ame; Sebo K; Thomas Fehlmann (Live) e Lee Jones, entre outros, e o terceiro palco “Zoo Project World Arena”, bastante mais pequeno, ofereceu um ambiente mais tranquilo para os que, de alguma forma, se sentiam “perdidos” na multidão.



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