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Knack 2 | Análise

Acção de plataformas, agora, para dois jogadores!

Criticado por muitos aquando do seu lançamento, o potencial de Knack como um jogo de acção de plataformas é inegável, ou não contasse com Mark Cerny ao leme deste projecto. No entanto e apesar das críticas, não faltaram também elogios e mensagens de apoio por parte da comunidade que jogou este exclusivo para a PlayStation 4 (um dos primeiros, aliás) e que fez com que este jogo viesse a ser hoje considerado como um título de culto. Com base no feedback dos membros da crítica especializada e dos próprios jogadores, a decisão foi de não cruzar os braços mas sim a de seguir em frente e fazer de Knack 2 tudo o que o seu antecessor não conseguiu ser. Será que foi desta?

Em termos de história, enquanto que no primeiro Knack tínhamos de pôr termo a uma invasão de Goblins, nesta segunda entrada na série – cuja narrativa conta com a colaboração de Marianne Krawczyk (God of War) – temos de salvar o mundo de um vilão que está a dar vida a poderosas armas antigas e a enormes titãs. Tal como é habitual nas nossas análises não vos vou estragar nada da história mas posso adiantar que apesar de não ser brilhante, não se porta nada mal ao oferecer uma aventura mais pertinente, quando comparada com a do seu antecessor. Uma aventura essa que toda a família será capaz de desfrutar, sendo ela capaz de cativar miúdos e graúdos!

Visualmente seja na PlayStation 4 ou na PlayStation 4 PRO, Knack 2 cumpre muito bem, ao transportar-nos para vários cenários todos eles ricos em detalhe. Ainda que algo limitados na exploração que oferecem, segredos é coisa que não falta, pelo que perder alguns momentos a vasculhar cada canto é não só altamente recomendado como é bastante gratificante. Desde aldeias a florestas, ruínas e templos, a acção de plataformas está bem mais presente em Knack 2. Aliás, é quase uma constante e num plano geral é bem pertinente, salvo em alguns momentos (poucos) em que a precisão dos saltos é comprometida pela posição da câmara.

A variedade de cenários ajuda a que o aborrecimento não se instale e quando não estamos a saltar de um lado para o outro, das duas uma: ou estamos a resolver um puzzle, para dar continuidade à nossa aventura ou estamos a combater contra uma série de inimigos. Os puzzles são interessantes, sobretudo os que agora nos obrigam a alternar entre o tamanho de Knack para atravessar certas secções. Não são muito difíceis mas para os resolver teremos de aprender a dominar as capacidades de que Knack se faz acompanhar. O mesmo se pode dizer sobre o combate que tem mais que se lhe diga em Knack 2. Para fazer frente às forças inimigas, desta vez, Knack não se faz acompanhar apenas de dois murros e um pontapé. Desta feita, Knack desfruta de um sistema de combate bem mais dinâmico e robusto. O seu leque de habilidades é bem mais vasto e Knack tem, agora, a capacidade de combinar uma série de 20 movimentos: desde pontapés voadores a ataques boomerang, saltar sobre os seus adversários e desencadear uma sequência frenética de murros sucessivos. Em termos defensivos Knack pode até reflectir os ataques dos seus inimigos. Um leque de capacidades, todo ele passível de ser melhorado à medida que vamos jogando que confere ao jogador um agradável diversidade à medida que adapta Knack ao seu estilo de jogo. Como se não bastasse, de modo a assegurar que Knack 2 pode ser desfrutado por jogadores de todas as idades, o jogo faz-se acompanhar por quatro níveis de dificuldade que vão desde a mais simples à mais difícil (a que é recomendada para veteranos do género).

Sendo este um jogo para toda a família, para mim, a principal novidade é mesmo a de este jogo poder se jogado em cooperação local com outro jogador. Pode ser desactivada e activada a bel-prazer dos jogadores. Os lobos solitários irão preferir jogar sozinhos mas para quem tiver com quem partilhar a experiência, só posso recomendar que o façam. A diversão aumenta consideravelmente e para mim, é como este jogo atinge todo o seu esplendor: a resolver puzzles preparados para dois jogadores e a executar movimentos coordenados entre os dois para derrotar os inimigos que se cruzem no seu caminho.

Knack 2 é, sem dúvida, um enorme passo em frente, quando comparado com o seu antecessor  e uma aquisição segura para os fãs do primeiro jogo da série. Ainda não é perfeito mas o entretenimento que oferece é inegável. Sobretudo se tiverem com quem partilhar esta experiência, quaisquer questões que possam encontrar, como a câmara a comprometer alguns saltos, são rapidamente ofuscadas pelos momentos de diversão que se seguem. A história não é brilhante mas dá aso a uma aventura envolvente para toda a família, capaz de cativar não só a miúdos como a graúdos. Algo que já não é assim tão comum nos tempos que correm.



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