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Menos competição…

mais união.

Vivemos num pequeno país onde a realidade da música de dança nos absorve, nos consome e nos transcende. E ainda por cima, passamos a vida a martirizarmo-nos com a nossa injusta e insegura forma de não acreditarmos no valor que temos. Ora, a desconfiança e medo resultam, basicamente,
em duas coisas fundamentais:  a primeira delas, consiste no facto de criarmos barreiras em torno do que julgamos ser correcto, renegando e até espezinhando o que é diferente e novo, ou que é diferente e antigo – isto, ou por receio ou comodismo. Pois, por receio falo, principalmente, dos que já cá andam há muito tempo e que teimam em contrariar as novas vertentes que possam surgir vindas do sangue na guelra da nova gente.

Afinal, sorte têm os que crescem – é sinal que vivem! – e crescer deve então ser o fundamentar das ideias, o alimentar paixões mas também, e talvez ainda mais importante, o perceber os novos amores, tentações e motivações das novas gerações. Concluindo e apelando: Dar espaço ao novo não é necessariamente pôr em risco o antigo. O bom sempre permanecerá. O novo refresca o antigo. O antigo não precisa ser antigo. O antigo pode ser a união das gentes. Com menos competição e mais união se engrandecem as culturas.

Ensinem a história e percebam, contribuindo, para a nova. Por comodismo, falo das novas gerações que têm à sua disposição todos os meios para conhecer as raízes e inacreditavelmente, cada vez mais, se contentam com a papa cerelac. Os festivais, os empresários e muitos, muitos espaços nocturnos teimam em insistir na venda da mesma comida fácil sabendo bem que a papa serve para encher as barrigas dos outros e simultâneamente as carteiras deles… É preciso, como em tudo na vida, ter a sede do conhecimento e espreitar para além do que está diante dos nossos olhos. Vamos olhar mais longe, para que o agora mais longe se torne cada vez mais próximo e mais nosso!

A segunda e fudamental, consiste na força maior do homem incoformado. O povo incoformado – como é o nosso – é o capaz das grandes criações, que se não chegam mais longe é pelos condicionalismos a que nós próprios nos submetemos. É certo que a confiança é um grande passo para o sucesso.

Porém, mais certo ainda, acho ser a dificuldade do caminhar inconformado. Ora, um passo dum ser inconformado é um passo de gigante e o andar dos gigantes é tão maior que o caminhar dos sempre confiantes. Se do inconformismo nasce a evolução, da extrema confiança, só pode nascer a arrogância.

Com a história passada se constrói o saber, com a presente se honra o passado.Vamos mandar as barreiras à merda, aproximar as gentes, duvidar menos das nossas capacidades e acreditar mais, muito mais, na nossa força, na força conjunta e na qualidade que temos.



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