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The King of Fighters XIV | Análise

Escolhe a tua equipa de eleição e luta pelo título!

Amanhã, dia 26 de Agosto, The King of Fighters XIV prepara-se para tomar de assalto a tua PS4. Está assim de regresso uma das mais emblemáticas séries beat’em up de sempre, com a promessa de fazer as delícias dos veteranos mas também de marcar um óptimo ponto de partida para os recém-chegados à série, ao dar início a uma nova história. Aliado a isso, The King of Fighters XIV traz consigo um dos mais robustos leques de lutadores de que há memória na série. Com 50 lutadores, ao todo, os fãs certamente que não irão hesitar em voltar a formar a sua equipa de eleição – as saudades que tinha da minha formação Terry, Joe e Ryo(!) – só que entre este leque de personagens, 18 são novas (olá, Nakoruru de Samurai Showdown) e não devem, de todo, ser subestimadas, uma vez que cada uma traz consigo fortes argumentos para alcançar a vitória na arena de combate.

 

De facto, como não poderia deixar de ser, é a jogabilidade que fala mais alto neste título. Afinal de contas, estamos a falar de um beat’em up e o facto é que soube bem reparar que o meu regresso à série continua a ser “como andar de bicicleta”. Continuamos a assistir ao confronto entre duas equipas de três lutadores e gerir as nossas barras de especiais, bem como o nosso posicionamento na arena de combate é ainda crucial, se quisermos alcançar a vitória. Com isto não quero dizer que nada mudou, aliás, muito pelo contrário e vamos já ver porquê. Apesar de surgir agora, ligeiramente, mais compassada, quando comparada com a do seu antecessor, a acção continua bem intensa e ao refinar mecânicas implementadas anteriormente The King of Fighters XIV pode orgulhar-se de oferecer um dos mais sólidos sistemas de combate que já alguma vez agraciou não só a série mas também o género.

Surgem agora três dinâmicas que teremos de aprender a dominar e a primeira é o Max Mode. Sempre que tivermos uma barra de especiais cheia podemos desencadear este modo que devido à sua utilidade pode mudar drasticamente o rumo do combate. O que acontece é que nos permite, durante um breve período de tempo, desencadear (sem quaisquer restrições) versões mais poderosas dos nossos movimentos especiais. Claro que estes movimentos podem ser combinados com outros, o que pode dar origem a combos devastadores. Por falar em combos, avancemos para outra dinâmica mais refinada e que diz respeito ao Canceling (a arte de cancelar ou interromper movimentos, dando lugar a outros ainda mais poderosos). Esta mecânica surge agora muito mais flexível, podendo ser aplicada aos movimentos Super, Advanced e Climax (sempre que tenhamos barras para gastar para estes dois últimos). Caso estejamos numa situação de maior aperto, o leque de combos que podemos desferir, desta forma, sobre o nosso oponente é altamente personalizado e igualmente devastador.

Finalmente, há ainda o modo Rush. Este pode ser desencadeado com o simples pressionar rápido do Light-Punch (murro fraco). Ao fazê-lo, o lutador em questão irá executar um combo sobre o oponente, cuja conclusão dependerá das barras que tivermos disponíveis. Apesar de causar menos dano do que um combo personalizado, leia-se, executado na totalidade pelo jogador, não deixa de ser ideal para quem tem menos tempo mas que gosta mesmo assim de um bom combate ou até para que jogadores menos experientes vejam do que as suas personagens de eleição são capazes. Além disso, não deixa de ser uma forma de assegurar que jogar contra amigos (ou desconhecidos), mais experientes, resulte numa experiência menos devastadora e consequentemente desencorajante, oferecendo-vos meios para se começarem a impor na arena de combate.

 

Todas as personagens, sobretudo as novas, claro, são bem distintas e cair na repetição é impossível se considerarmos as várias equipas que podemos formar a partir deste leque impressionante de 50 personagens. Felizmente que, caso queiramos aprofundar a nossa forma de jogar com elas ou o nosso conhecimento sobre as várias complexidades de King of Fighters XIV, existe à nossa disposição um modo de treino e um extenso modo de tutoriais que cobre as várias dinâmicas do jogo como, por exemplo, rebolar e os vários tipos de salto (há quatro!). Já o modo Trial é específico para as personagens que escolhermos e mostra-nos vários combos que podemos desencadear com elas, ao mesmo tempo que nos ajuda a compreender melhor quais os ataques e movimentos que combinam melhor entre si.

Depois disso, há que levar o que aprendemos para a arena de combate propriamente dita e há vários modos onde o podemos fazer, o que inclui o modo História. Este modo é bastante linear e em termos de desenvolvimento pouco mais tem a oferecer do que algumas cenas intermédias. Não deixa, no entanto, de ser interessante quando, entre os combates, algumas personagens que se conheçam troquem algumas palavras e o mesmo digo sobre assistir ao final de cada equipa oficial (que oferece mais algum contexto sobre os membros que a compõem ou que nos deixa a especular sobre eventos que terão lugar em futuras entradas da série). Os mais competitivos não foram também esquecidos e podem desfrutar de vários modos de jogo em salas de até 12 jogadores, onde poderão conversar, trocar estratégias e, quem sabe, conhecer novos rivais!

 

Com tudo isto, só tenho a apontar um único factor: a tridimensionalidade das personagens em detrimento das sprites em 2D que tanta vida e cor lhes davam e que temos vindo a apreciar ao longo de vários anos. Tempos idos que podemos contemplar na extensa galeria presente neste jogo, a qual vai ficando mais completa à medida que vamos jogando. Apesar de cumprir muito bem, simplesmente não é a mesma coisa e este factor seguramente irá provocar alguma divisão entre os fãs mas, ainda assim, logo que comecem a jogar The King of Fighters XIV depressa irão contornar este único ponto negativo. Ao mergulharem na impressionante jogabilidade que tem para oferecer, complementada por um leque invejável de lutadores, depressa irão perceber que têm em mãos um dos mais sólidos jogos de combate que já alguma vez agraciou não só a série mas também o género e que, de forma exemplar, sabe dar as boas vindas tanto a recém-chegados como a veteranos.



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